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Penitenciárias

Treze presos são transferidos para Catanduvas para conter rebeliões

Rebelião na PEP II foi a última antes das transferências | Divulgação/ PM
Rebelião na PEP II foi a última antes das transferências (Foto: Divulgação/ PM)
Unidade federal de segurança máxima recebeu treze presos considerados líderes das últimas rebeliões no estado |

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Unidade federal de segurança máxima recebeu treze presos considerados líderes das últimas rebeliões no estado

Treze presos considerados líderes das últimas rebeliões que ocorreram em presídios do Paraná foram transferidos entre quinta-feira (18) e sexta (19) para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Oeste do estado, unidade de segurança máxima. A medida pretende atrofiar a onda de motins no estado.

Os condenados foram identificados após trabalho do setor de inteligência do Departamento de Execução Penal (Depen) em várias unidades prisionais do estado. Sete dos presos transferidos teriam coordenado a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), que terminou com cinco presos mortos. Outros estariam envolvidos nas rebeliões da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) do Paraná, sete saíram da PEC, dois da Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I); dois da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM); um da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara; e outro da Penitenciária Estadual de Londrina I (PEL I).

Segundo o diretor do Depen, Cezinando Paredes, no grupo de 13 presos transferidos estão integrantes de facções criminosas e outros grupos, todos que teriam movimentado as últimas rebeliões e são considerados de alta periculosidade. "Pensando no futuro, em possíveis novos movimentos em unidades, essas lideranças foram identificadas e transferidas. Após trabalho da inteligência, alguns nomes foram identificados e fizemos a solicitação à Justiça do estado, à Justiça Federal e ao Departamento Nacional de Execução Penal", diz.

O setor de inteligência das penitenciárias deve continuar com monitoramentos para identificar supostos líderes das rebeliões e de possíveis novos movimentos nas carceragens. Após as insurreições, segundo Paredes, investigações foram iniciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público (MP) do Paraná, em conjunto com o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil.

Onda de motins

Desde a rebelião na PEC, outras quatro insurreições de presos foram registradas no Paraná. No dia 7 de setembro, 14 presos renderam três agentes de cadeia no minipresídio de Guarapuava, região Centro-Sul do estado. Eles reclamavam das condições das instalações, da alimentação e pediam transferências. A Justiça autorizou, dois dias depois, a remoção de 58 detentos do local.

No dia 11 de setembro, os presos da Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste (Peco) terminaram uma rebelião de 18 horas. Eles mantiveram 13 reféns - um agente penitenciário, um ex-agente de cadeia que estava preso e outros 11 detentos. Para o fim do motim, foram garantidas 77 transferências.

A PEP II foi palco de duas rebeliões em período de quatro dias. Entre os dias 12 e 13 de setembro, dois agentes e sete presos foram mantidos sob a mira de rebelados durante 25 horas. Foram feitas 43 remoções de apenados para presídios do Paraná e Santa Catarina, além de 15 progressões de pena e outros cinco alvarás de soltura.

A segunda rebelião começou na última terça-feira (16), com dois agentes reféns. Os condenados pediam a divisão da PEP II em dois setores: um para a facção criminosa que domina o presídio e outro para o grupo rival da facção, que temia algum movimento dentro do presídio provocado pela facção.

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