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Incidente em Gravataí

Após um mês de prisão, policiais paranaenses são soltos

Os policiais civis que mataram um sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul durante uma operação foram soltos na madrugada desta sexta-feira (20). O alvará de soltura foi expedido entre 1 e 2 horas desta sexta. Eles responderão ao processo em liberdade, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR).

Os três investigadores paranaenses do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) estavam presos preventivamente desde 21 de dezembro e o período de prisão venceu na quinta-feira (19). A Sesp não divulgou outras informações sobre o caso.

Os investigadores retornaram de Porto Alegre na tarde de quarta-feira (18), após participarem da reconstituição do caso durante a madrugada.

As investigações revelam que houve confronto armado entre os investigadores paranaenses e o sargento gaúcho Ariel da Silva e que isso ocorreu após a tentativa de abordagem. Ariel da Silva estava à paisana e em uma moto sem identificação da polícia. Ele teria tentado interpelar os agentes do Tigre já com arma em punho e sem se identificar como policial.

Os policiais foram ao Rio Grande do Sul para investigar o sequestro de dois reféns paranaenses. Em outra operação, um dos reféns foi morto por um delegado gaúcho. Reconstituição

Durou quase quatro horas a reconstituição da morte do sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, morto em confronto com policiais do grupo Tigre que foi realizada durante a noite desta terça-feira (17) e madrugada de quarta-feira. A operação contou com a participação dos três policiais paranaenses envolvidos no caso e de mais 60 agentes gaúchos, que simularam a ação que resultou na morte do sargento Ariel da Silva. Ainda na terça-feira, um laudo do Instituto Médico Legal do Rio Grande do Sul revelou que Silva tinha 13,1 decigramas de álcool no sangue quando foi morto.

A reconstituição, que começou por volta das 23h30, só terminou às 3h30. A ação foi realizada no cruzamento da rodovia Gravataí-Taquara (ERS-020) com a Avenida Sílvio de Freitas. De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, cada um dos agentes paranaenses que participaram da reconstituição contou a sua versão para os fatos isoladamente. Testemunhas que estavam nas proximidades do local onde ocorreu o incidente também foram ouvidas.

O delegado Paulo Rogério Grillo, da Corregedoria da Polícia Civil gaúcha, em entrevista ao jornal Zero Hora, avaliou a ação como positiva e disse que deve finalizar o inquérito até o final do mês.

Segundo a Polícia Civil gaúcha, as versões do fato apresentadas pelos policiais e testemunhas são semelhantes, o que deve colaborar para a rapidez nas investigações. A perícia também deve apontar quem iniciou a troca de tiros, os policiais do Tigre ou o sargento da polícia gaúcha.

Caso

Os policiais paranaenses são acusados de matar o sargento no último dia 21 de dezembro em Gravataí (RS), quando investigavam o sequestro do agricultorLírio Persch, que acabou morto.

No último dia 10, a perícia concluiu que o tiro que matou Persch saiu da arma do delegado gaúcho Leonel Carivali, da 1.ª Delegacia Regional Metropolitana, sediada em Gravataí. O policial alegou legítima defesa, já que ele disse ter ouvido barulho de estampidos no momento em que estouravam o cativeiro do agricultor.

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