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Bebê abandonado na Rodoferroviária voltou ao hospital para tratar de icterícia | Daniel Derevecki
Bebê abandonado na Rodoferroviária voltou ao hospital para tratar de icterícia| Foto: Daniel Derevecki

Bebê estava enrolado em um cobertor

  • Bebê foi fotografado após autorização judicial

A menina de 10 dias, com aproximadamente três quilos, encontrada em um banheiro da Rodoferroviária de Curitiba, retornou ao Hospital Pequeno Príncipe, no início da tarde desta quarta-feira (10), para tratamento de icterícia e novos exames. Conforme a assessoria de imprensa do hospital, como não se conhece a mãe da bebê serão realizados exames de hepatite, sífilis e HIV. A menina também está passando por sessões de fototerapia, para tratar de icterícia, doença comum em bebês que os deixa com a pele amarelada. Apesar disso, a bebê passa bem e não há nenhum sinal de agressão.

Após o tratamento no hospital, sem prazo para terminar, a menina deverá ser reencaminhada para um abrigo e posteriormente para adoção.

A menina com cerca de 10 dias de vida foi encontrada abandonada em um dos banheiros da Rodoferroviária de Curitiba no final da noite de terça-feira (9). De acordo com a Polícia Militar (PM), funcionários da limpeza ouviram o choro do bebê por volta das 23 horas e chamaram uma equipe da PM que faz patrulhamento na rodoviária durante a madrugada.

Os policiais acionaram o Resgate Social, da prefeitura de Curitiba, que levou a criança ao Hospital Pequeno Príncipe, onde passou por exames. Como não apresentava qualquer ferimento ou problema de saúde, ainda durante a noite a menina foi novamente encaminhada pelo Resgate Social a um abrigo da prefeitura, a Casa de Acolhimento. Durante a manhã a prefeitura anunciou que, na tarde desta quarta-feira (10), o bebê seria encaminhado para outro abrigo. Mas com a constatação da icterícia, foi reencaminhado ao hospital. Ainda não se sabe se a criança será encaminhada para adoção.

De acordo com o aspirante Erlington José Medeiros de Barros, do 20º Batalhão da PM, não havia qualquer pista da mãe da criança no local onde o bebê foi encontrado. "Ela estava bem vestida, enrolada em um cobertor, e não havia com a criança qualquer documento ou carta da mãe". Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a Polícia Civil não chegou a ser informada da ocorrência e não está investigando o caso por enquanto.

A história reacende a polêmica sobre a necessidade de um sistema de vigilância na rodoviária de Curitiba. No início do mês de novembro, o corpo da menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos, foi deixado, dentro de uma mala, sob uma escada do setor estadual do terminal. Sem imagens que dessem pistas sobre a pessoa que deixou o corpo no local, o caso segue ainda sem nenhum preso, investigado em sigilo pela Polícia Civil.

Segundo a prefeitura, uma licitação foi aberta em setembro para aquisição de câmeras de segurança na parte interna da Rodoferroviária. A previsão é que os equipamentos sejam instalados apenas no ano que vem.

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