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Pandemia

Brasil não vai recorrer a quebra de patente para ter vacina anti-H1N1

O governo brasileiro afastou, por enquanto, a quebra de patentes como meio de obter acesso à fórmula da vacina contra o vírus influenza A (H1N1) assim que comece a produção nos países desenvolvidos.

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a aposta do Brasil está no acordo de transferência de tecnologia já existente entre o Instituto Butantan e o laboratório francês Sanofi Pasteur, maior produtor mundial de vacinas para uso humano.

Pouco antes da reunião de ministros da Saúde dos países do Mercosul, Chile e Bolívia, na tarde desta quinta-feira (23), Temporão advertiu que o País registrará mais mortes decorrentes do contágio do vírus influenza A (H1N1) e que não terá condições de suprir os países vizinhos com as vacinas que espera produzir a partir de 2010. "Infelizmente, vamos ter mais óbitos", afirmou Temporão, que se disse mais preocupado com a situação no Rio Grande do Sul.

Ainda de acordo com o ministro, os acordos entre os laboratórios brasileiros e estrangeiros permitiu os acessos do laboratório Biomanguinhos à tecnologia de produção das vacinas contra o rotavírus e do Instituto Butantan para a fabricação da vacina contra a gripe sazonal.

Temporão explicou que essa estratégia confere ao Brasil uma situação diferenciada em relação aos demais países do continente. O governo brasileiro estaria ainda em contato com os laboratórios que estão correndo contra o relógio para produzir a vacina contra a gripe suína para averiguar a possibilidade de importação de cotas do produto.

"Estamos longe da quebra de patentes. Essa opção não se coloca no cenário", afirmou. "Temos de apostar nos acordos do Instituto Butantan e da Biomanguinhos com as empresas produtoras como meio de acesso às vacinas. Especialmente no acordo entre o Butantan e a Sanofi Pasteur."

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