A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou nesta terça-feira (7), em primeiro turno, a permissão para a Prefeitura de Curitiba emprestar R$ 9,4 milhões da Caixa Econômico Federal (CEF). O dinheiro será gasto como parte de uma contrapartida para a liberação de R$ 79 milhões do Ministério das Cidades para o projeto "Ampliação da Capacidade e Velocidade da Linha Direta Inter 2".
Os R$ 9,4 milhões obtidos pela prefeitura serão utilizados na construção do binário Ahú/Jardim Botânico - etapa incluída no "pacote" Inter 2. Se aprovado em segundo turno, em sessão prevista para esta quarta-feira (8), o projeto ainda vai à sanção do prefeito Gustavo Fruet (PDT) para ser validado.
A obra dessa etapa, bancada pelo Executivo Municipal com o empréstimo, cria duas vias rápidas estruturadas nas ruas Padre Germano Mayer e Camões. Para a viabilização, a prefeitura ainda vai entrar com R$ 498 mil reunidos por meio de recursos próprios.
Também devem receber obras as ruas Jaime Balão e Sete de Setembro, na criação de uma ligação entre o setor estrutural leste (altura de Avenida Prefeito Maurício Fruet) e a Avenida Anita Garibaldi, segundo justificativa do prefeito encaminhada à casa legislativa.
Custo total das obras do Inter 2
O binário faz parte do projeto "Ampliação da Capacidade e Velocidade da Linha Direta Inter 2", acordado entre a prefeitura e o Ministério das Cidades no Programa Pró-Transporte Público (PAC 2). Prevista para terminar em fevereiro de 2017, a obra terá um custo total de R$ 102 milhões, sendo R$ 79 milhões da União e os R$ 23 milhões restantes do município. Com a contrapartida de R$ 9,8 milhões no binário (empréstimo mais recursos próprios), falta ainda a aplicação de R$ 13,2 milhões pela prefeitura para cumprir sua obrigação no projeto em parceria com o governo federal.
O projeto do Inter 2 prevê ainda a "repaginação" dos terminais Campina do Siqueira e Hauer, além da circulação da linha e, canaletas já existentes. Segundo o município, o Inter 2 é a linha mais carregada da cidade, com cerca de 80 mil passageiros diários.
Polêmica
Com objetivo de dar fluidez ao trânsito, o binário causou polêmica entre os moradores da região. O representante do movimento "Longa Vida ao Arquipélago de Camões" Drauzio Almeida questionou na tribuna da Câmara o modelo de melhoria no transporte que estaria "confinando a população em calçadas estreitas e reduzindo o número de áreas verdes", segundo a assessoria da casa.
O nome do movimento faz referência à Rua Camões, que hoje enfrenta baixo tráfego de veículos. Os moradores alegam que o binário irá acabar com quatro praças: o Largo Isaaz Lazarotto, o Jardinete Aline Cordeiro Parigot de Souza, o Jardinete Professor Oswaldo Dório e o Jardim Poeta Leonardo Henke.
Trajeto
Confira qual a área prevista para ser incorporada ao binário, conforme justificativa do município no projeto à Câmara:
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