Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Depois da polêmica

Câmara aprova projeto de lei que proíbe a comercialização das pulseiras do sexo

“Pulseira do sexo”: o adereço faz parte de uma espécie de jogo em que cada cor representa um ato afetivo ou sexual | Albari Rosa/Gazeta do Povo
“Pulseira do sexo”: o adereço faz parte de uma espécie de jogo em que cada cor representa um ato afetivo ou sexual (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou nesta segunda-feira (3) o projeto de lei que proíbe o uso e comercialização das pulseirinhas do sexo nas escolas públicas e privadas da capital. O projeto, de autoria do vereador Algaci Tulio (PMDB), estava em primeira discussão e foi aprovado por 22 votos contra sete.

Os vereadores foram questionados sobre a validade do projeto de lei em um momento em que as pulseiras já estão em desuso e são consideradas acessórios ultrapassados por muitos jovens. Apesar de a polêmica das pulseiras ter diminuído, Tulio não considera que a atuação da Câmara foi tardia. "Modismos acontecem em tempo real, mas Curitiba não poderia ficar de fora dessa importante discussão", afirma.

Tulio ficou satisfeito com a repercussão que o projeto teve. "Mais importante que a aprovação, foi o debate que houve na Câmara sobre a questão", diz. A fiscalização fica a cargo da prefeitura de Curitiba. O projeto será votado em segundo turno nesta terça-feira (4) e, se aprovado, segue para a sanção do prefeito Luciano Ducci.

Projeto

O projeto prevê restrição a todo tipo de acessório que tenha conotação sexual ou faça apologia à violência. A comercialização e distribuição é proibida para menores de 18 anos. O projeto também determina a promoção de reuniões com pais de alunos, para orientações em relação a questões sexuais e de violência.

As penalidades para quem comercializar as pulseiras estão previstas no projeto e vão desde a notificação por escrito até multa de R$ 500 a R$ 10 mil, proporcional à capacidade econômica. Em caso de reincidência, o valor da multa pode ser aplicado em dobro e o comerciante pode ter o alvará cassado.

Proibição

Curitiba é a terceira cidade do estado a proibir o uso e comercialização das pulseiras. Londrina (Norte) e Maringá (Noroeste) já haviam aprovado projetos semelhantes. Em Londrina, o projeto foi aprovado com unanimidade no início de abril.

A cidade teve um caso que gerou repercussão nacional. Em março, uma adolescente, de 13 anos, foi estuprada por quatro jovens. O crime teria sido motivado pelo uso das pulseiras coloridas. O inquérito sobre o crime foi concluído e resultou na prisão de um rapaz de 18 anos e na apreensão de um dos três adolescentes envolvidos. Todos foram indiciados pelo crime de estupro.

História

As pulseiras coloridas de silicone eram, aparentemente, um modismo inocente que se espalhou entre os jovens estudantes de todo o país. O sinal de alerta em relação ao adereço para pais e educadores foi um jogo com conotação sexual. Cada cor representa um ato afetivo ou sexual, que vai desde um abraço a relações sexuais completas. De acordo com as regras do jogo, quem teve a pulseira arrebentada precisa cumprir o que determina a cor. O jogo teve início na Inglaterra e ficou conhecido como Snap.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.