| Foto: Brunno Cavello/Gazeta do Povo/Arquivo

Está marcado para 25 de abril o início da campanha de vacinação contra a gripe no Paraná. A imunização, que inicialmente começaria em todo o país no dia 30 de abril, foi anunciado pelo secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, na tarde desta sexta-feira (1.º), depois de voltar de reuniões sobre o tema em Brasília. A antecipação é uma tentativa de frear a propagação do vírus H1N1, que já causou 46 mortes em todo o país desde janeiro.

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Paraná

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, do início do ano até agora três casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave relacionados ao vírus Influenza foram registrados no Paraná – um em Cianorte, um Maringá e outro em Paranavaí.

Caputo informou, no entanto, que três óbitos não relacionados com os casos citados anteriormente estão em investigação, pois podem ser casos novos da doença.

Caputo afirmou que o Ministério da Saúde deve enviar 3.128.400 doses da vacina ao estado, divididas em seis lotes. Até sexta-feira da semana que vem, 8 de abril, 25% das doses já devem chegar ao estado. A segunda remessa, de 15% do total de vacinas, virá entre 11 e 15 de abril.

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O planejamento do ministério não incluía o envio de vacinas aos estados no Sul na terceira remessa. “Nós [o Sul] temos o maior problema de epidemiologia”, justificou Caputo. Após negociações, porém, ficou acordado que o Paraná receberá, até o 22, outras 250 mil (8%) doses devem chegar ao estado.

Com isso, o chamado “Dia D” da vacinação ocorrerá com 48% das vacinas destinadas ao estado. Segundo o secretário, a quantidade é suficiente para atender a demanda inicial da campanha.

As últimas três remessas devem chegar ao estado até 29 de abril, 6 e 13 de maio, o que também é visto como um problema por Caputo, devido à janela existente entre a vacinação e a imunização efetiva, que pode ser de até seis semanas.

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O período de vacinação se estenderá até 20 de maio, conforme planejado inicialmente, mas poderá ser estendido caso a meta de vacinar pelo menos 80% de cada grupo prioritário não seja atingida em todo o país.

Vacina e grupos prioritários

Conforme as informações do secretário, a vacina utilizada na campanha será a trivalente, que protege contra duas cepas de Influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa de Influenza B (linhagem Vitoria). Serão vacinados crianças de seis meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres que tiverem bebês nos últimos 45 dias), idosos a partir de 60 anos, povos indígenas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, trabalhadores de saúde e pessoas de 5 a 59 anos portadoras de doenças crônicas e condições especiais (problemas cardíacos, diabetes, etc.).

A orientação do secretário é de que aqueles que não se encaixem em nenhuma dessas categorias procure se imunizar em laboratórios privados, já que não haverá a inclusão de outro grupos na vacinação. “Se houver, podemos responder por crime de responsabilidade”, diz.