Uma mulher de 54 anos e um homem, de 46, foram presos em flagrante por manter duas jovens, de 20 e 15 anos, em cárcere privado. O caso ocorreu no sábado (22) no bairro Atuba, em Curitiba. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas eram obrigadas a trabalhar diariamente sem qualquer remuneração e impedidas de sair da casa ou contatar familiares. Há, ainda, a suspeita de abuso sexual.
"Entendemos que as duas garotas eram mantidas em condição análoga à escravidão, uma vez que seus documentos foram retidos, elas exerciam trabalho não remunerado e sem contrato, em troca de comida e abrigo, e eram privadas de liberdade. Tudo isso sob ameaças constantes", explicou o delegado do 2.º Distrito Policial (DP) Vilson Alves de Toledo, que atendeu a ocorrência no sábado. A mulher e seu companheiro foram autuados por sequestro, cárcere privado e pelo crime de redução à condição análoga à escravidão, conforme artigos 148 e 149 do Código Penal. Em depoimento, eles negaram todas as acusações. Os dois aguardarão a conclusão do inquérito policial detidos: ela no Centro de Triagem 1 e ele em carceragem especial na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Descobriu-se, ainda, que a mulher é reincidente: em 2012, ela foi condenada a quatro anos de prisão pelo mesmo crime redução à condição análoga à escravidão. O processo correu na 8.ª Vara Criminal de Curitiba e havia um mandado de prisão contra ela em aberto.
As duas garotas estão, agora, sob proteção do Conselho Tutelar, que tenta contatar as famílias das jovens em Uruguaiana (RS), de onde são naturais. Até o momento, segundo Toledo, os conselheiros conseguiram localizar apenas um parente da vítima de 20 anos. Na tarde dessa segunda (24), as duas serão levadas até o Instituto Médico Legal (IML) para realização de exames para confirmação de abusos sexuais que teriam sido cometidos pelo acusado. Segundo Toledo, a adolescente de 15 anos disse que suspeita estar grávida.
Fuga para pedir socorro
No sábado, as duas garotas conseguiram fugir da casa na qual eram mantidas reféns e pediram socorro a um vizinho, que entrou em contato com a Polícia Militar (PM). Em depoimento, as vítimas contaram que vieram de Uruguaiana (RS) para Curitiba com o intuito de estudar. No entanto, uma vez aqui, elas jamais puderam sair de casa. Durante o dia, eram obrigadas a realizar trabalhos domésticos e à noite eram mantidas presas e separadas em uma edícula nos fundos do terreno. A jovem de 20 anos é sobrinha da mulher; já a adolescente de 15 anos, que já vivia nessa condição há dois anos, não possui relação de parentesco com os acusados. Ela teria vindo para Curitiba a convite.
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