A Polícia Militar (PM) confirmou na tarde desta sexta-feira (23) que vai adiar por 20 dias o prazo final para o encerramento das investigações que apuram a conduta de oficiais da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) no confronto que resultou na morte de cinco jovens no bairro Alto da Glória, em Curitiba, no último dia 11 de setembro
O novo prazo de conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) se encerra no próximo dia 10 de novembro. A assessoria de imprensa da PM informou que nesta sexta nenhuma pessoa do órgão poderia dar entrevista para detalhar o que já foi feito nesta primeira fase de investigação.
Toda a apuração é acompanhada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e os PMs envolvidos (número ainda não especificado) estão afastados das funções até que o IPM esteja completo.
Confronto
Segundo a PM, uma perseguição a um grupo de cinco jovens se iniciou depois que eles foram flagrados em um Volkswagem Gol roubado no bairro Santa Cândida. No Alto da Glória, o veículo teria furado uma barreira policial montada por uma equipe da Rotam. Pouco depois de o carro bater em uma mureta, os suspeitos desceram e pularam o muro de um terreno para sair do outro lado da quadra, mas acabaram cercados pela polícia. Na troca de tiros, os cinco jovens foram baleados e levados ao Hospital Cajuru, aonde chegaram mortos.
Os suspeitos mortos foram Josemar Bernardo, de 21 anos, Thobias Rosa Lima, 19, o irmão dele de 17 anos, Éderson Miranda, 22, além de um adolescente de 14 anos.
O transporte dos rapazes baleados para o hospital foi realizado pelos próprios policiais, o que gerou polêmica. De acordo o coronel Jorge Costa Filho, comandante do policiamento da capital, isso aconteceu para que eles fossem atendidos o mais rapidamente possível.
No dia 14 de setembro, o governador Roberto Requião (PMDB) determinou que todas as pessoas feridas em confrontos armados com a PM devem ser atendidas pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).
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