O advogado do delegado Silvan Pereira quer que um perito particular acompanhe o exame de DNA que visa comparar material genético dele com o sêmen encontrado nas roupas de Tayná da Silva, assassinada no fim de junho em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Cláudio Dalledone Junior, que defende o delegado, preso há dois meses, disse nesta sexta-feira (13) que a maneira como a Polícia Científica conduziu o caso embasa fortes suspeitas de que possam haver irregularidades durante a realização do teste.

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"(O delegado Silvan) vai fazer o exame, quer fazer o exame, faz questão de fazer exame. O fato é que existe uma perita criminal e um médico legista do IML que conduzem o trabalho de maneira suspeita. Queremos orientar que se faça o exame sob supervisão e provar que não está fundada essa suspeita [contra o cliente dele]".

Dalledone confirmou ter recebido uma intimação para a realização de exame de DNA. Ele nega, no entanto, que haja prazo para que seja feita a coleta de material por parte de seu cliente. Perguntado se iria questionar o modo como seria realizado o exame, ele foi enfático: "Não se trata de questionamento [o pedido de acompanhamento de perito particular]. A lei me assegura o direito de acompanhar com assistentes técnicos e é o que eu farei. A Polícia Científica está agindo de forma aloprada", acusou.

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Segundo informações do telejornal Paraná TV 2ª edição desta quinta-feira (12), a Justiça de Colombo intimou o delegado Silvan Pereira e outros nove policiais a fornecerem material genético para ser comparado com o sêmen encontrado nas roupas da garota durante a perícia. Eles trabalharam nas investigações iniciais do assassinato de Tayná da Silva, no final de junho, e o pedido dá a entender que existem suspeitas de que os policiais estejam envolvidos no crime.

Autoria do pedido

Procurada nesta manhã, a Polícia Civil negou ser a autora do pedido para a realização dos testes de DNA no delegado e nos policiais. Já o Ministério Público (MP-PR) informou que não pode fornecer informações sobre o caso, que está em segredo de Justiça.

A assessoria da Polícia Civil informou ainda que todas as investigações realizadas pela corporação até o momento não chegaram a qualquer tipo de indício que justifique o pedido de realização dos testes. A polícia informou ainda que não vai interferir no caso e que se os seus membros quiserem fazer ou não o exame é uma posição de cada um.

Sobre os comentários do defensor do delegado Silvan a respeito do IML e da Polícia Científica, a Secretaria de Segurança do Estado do Paraná (Sesp), via assessoria de imprensa, disse que não iria entrar em polêmica.

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