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Após rebelião

Diretoria da Penitenciária Estadual de Cascavel é afastada

Cerca de 800 presos da Penitenciária Estadual de Cascavel iniciaram um motim na manhã de 24 de agosto | Marcelino Duarte / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Cerca de 800 presos da Penitenciária Estadual de Cascavel iniciaram um motim na manhã de 24 de agosto (Foto: Marcelino Duarte / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

A direção da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no Oeste do Paraná, foi afastada pelo Departamento de Execução Penal (Depen) do Paraná. A informação foi confirmada pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju). Nesta quinta-feira (4) uma nova equipe já comandava os trabalhos na penitenciária.

O afastamento ocorre após a abertura de uma sindicância para apurar as causas da rebelião na PEC, que terminou com cinco mortos e um cenário de destruição na unidade penal no final de agosto deste ano. Quem assume a direção do presídio é Aclínio José Amaral, ex-diretor das Penitenciária Central do Estado (PCE).

Segundo a Seju, o afastamento ocorre para que o processo de sindicância não seja afetado pelos ex-integrantes da direção da penitenciária. A sindicância deve ser concluída pelo Depen até o final da próxima semana.

Na penitenciária, segundo a Seju, foram feitas limpezas e reparos em algumas alas que não foram danificadas pelos presos durante a rebelião e os espaços já começaram a receber condenados. Na quarta-feira (3), 38 presos que estavam na Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) foram realocados no presídio. Nos próximos dias, outras transferências para a PEC devem ser feitas.

Rebelião

Cinco presos morreram após mais de 40 horas de negociações na PEC. Detentos membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) lideraram a revolta. Eles pediam melhores condições no espaço, tratamento mais adequado às visitas e reclamavam de violência dentro da penitenciária. Na ocasião, dois agentes penitenciários foram feitos reféns.

No final das negociações, 800 presos foram transferidos para penitenciárias de várias regiões do estado, entre elas Foz do Iguaçu, Maringá e Curitiba. O espaço foi danificado pelos presos e apenas uma das alas permaneceu com condições para abrigar os detentos.

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