Tristeza e indignação marcaram ontem o velório de Jacqueline e Ana Beatriz Moraes, veladas lado a lado na capela 1 do Cemitério Jardim da Saudade, na zona norte de Londrina. O pai de Jacqueline, Demeval Vicente de Novaes, foi o primeiro a saber do acidente. Mesmo ferido, o genro Ricardo conseguiu informar o endereço da casa do sogro e policiais foram comunicar o ocorrido. "É muito difícil", desabafa Demeval. "A Jacqueline era uma pessoa alegre, sorridente e agora aconteceu tudo isso. Eles sempre faziam esse trajeto, o mercado era pertinho da casa deles."
Segundo José Cícero da Silva, tio de Jacqueline, a família está indignada com a fuga do motorista. "É difícil fazer um julgamento, não sabemos o que aconteceu com ele, mas deveria ter prestado socorro", diz.
Até ontem, Ricardo permanecia internado na UTI do Hospital Evangélico e seu estado de saúde, segundo a assessoria de imprensa da unidade, era considerado estável. Ele sofreu traumatismo craniano moderado, mas estava consciente, respirando sem a ajuda de aparelhos. Também havia suspeita de fratura no fêmur direito. Ontem ele ainda não sabia da morte da mulher e da filha. A família prefere não revelar as mortes até que ele esteja em melhor estado.
Os corpos de Jacqueline e Ana Beatriz foram enterrados às 17 horas de ontem. (SS)
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