Saúde e boa alimentação sempre estiveram em pauta nas discussões escolares. Pensando nisso, o professor Silvio Luiz de Lima, da Escola Municipal Rui Valdir Pereira Kern, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, resolveu ir mais a fundo nessa questão.
Com base em uma notícia publicada no jornal Gazeta do Povo, o professor trabalhou o assunto com os alunos e provocou a conscientização da turma para o consumo excessivo de açucares e o cuidado com doenças crônicas como o diabetes. A reportagem foi “Indústria nacional de refrigerantes restringe vendas em escolas” foi publicada em 23 de junho, no caderno de Economia.
“Em um primeiro momento, reuni os alunos para uma conversa sobre o que é um jornal, qual seu papel na sociedade e qual sua representatividade em nossas vidas. Em seguida apresentei a reportagem sobre a indústria nacional de refrigerantes restringindo a venda do produto nas escolas”, contou o professor, que abordou diversas matérias a partir de uma mesma notícia.
Açúcar em excesso
Logo após a apresentação do jornal e leitura da matéria, os estudantes fizeram um debate sobre consumo excessivo de refrigerantes e a quantidade diária consumida por cada aluno. Depois de discutir o tema, partiram para a prática: calcular a quantidade de açúcar presente em uma garrafa de 1 litro de refrigerante. “Pela tabela nutricional, a proporção era de 21 gramas por 200 ml, ou seja, são 105 gramas de açúcar por litro. Então, em um recipiente de 2 litros, a quantidade de açúcar sobe para 210 gramas. Isso gerou uma sensação de espanto em todas as crianças”, explicou Lima.
Após assistir alguns vídeos sobre o assunto, com os dados da pesquisa na mão e muita força de vontade, a turma realizou um trabalho de conscientização. Foram quatro grupos de trabalho, um ficou responsável pelas informações de prevenção de doenças pelo hábito de alimentação saudável; outro ficou com a pesquisa sobre as indústrias de refrigerante; um terceiro grupo pesquisou tudo sobre o açúcar e sua importância para o corpo humano; o último grupo comparou alimentos industrializados com alimentos naturais. Mais um trabalho de mobilização social com protagonismo dos alunos.
