Foi-se a neve. E aos curitibanos restaram as geadas. E quantas são elas nos invernos rigorosos deste lado de baixo do Equador. A fotógrafa Aniele Nascimento que o diga. Acostumada a acordar cedo para registrar a geada, antes que os primeiros raios de sol derretam o gelo, ela tem na cabeça um roteiro de lugares que se pintam de branco nos dias mais frios do ano. A maravilha preferida do público foi um flagrante experimental da geada no Memorial Ucraniano, no Parque Tingui. Aniele nunca tinha visto o frio daquelas bandas. Devia saber que os ucranianos que chegaram aqui estavam acostumados às baixas temperaturas e, nada melhor do que uma paisagem conhecida, para lembrar de casa. O memorial guarda, além do gelo das estepes, pinheiros, canteiros floridos e uma réplica da igreja ucraniana de São Miguel da Serra do Tigre, em Mallet.
Publicação deste postal na Gazeta do Povo: 4/4
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Os primeiros ucranianos chegaram no Paraná em 1891. Eram mais de 20 mil e formaram suas principais colônias nas cidades de Mallet e Prudentópolis, no interior do estado. Para comemorar o centenário da chegada dos primeiros imigrantes a Curitiba, o Parque Tingui recebeu o Memorial Ucraniano, que conta com uma exposição permanente de pêssankas e ícones.
As geadas são costumeiras no inverno da capital. A menor temperatura registrada nos termômetros foi de -5,2o C, em 1972.
Fonte: Simepar e Prefeitura de Curitiba.
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