Roteiro
Veja a programação do papa Francisco para os próximos dias:
Quinta-feira, dia 25
Chaves: Encontra-se com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e recebe as chaves da cidade.
Favela: Vai à comunidade de Varginha, em Manguinhos (zona norte)
Copacabana: Chega de helicóptero às 16h45 ao Forte Copacabana. De papamóvel segue até o outro lado da praia, no Leme. No palco, faz saudação aos jovens e um discurso, às 18 horas.
Sexta-feira, dia 26
Confissão: Recebe a confissão de cinco jovens, cada um representando um continente, na Quinta da Boa Vista.
Presos: Encontra-se com jovens detentos no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, onde faz oração do Angelus Domini
Via-Crúcis: À noite, participa de encenação da Via-Crúcis na orla de Copacabana.
Sábado, dia 27
Catedral: Faz o sermão em missa com bispos e religiosos na Catedral de São Sebastião. Participa de evento com autoridades, artistas e personalidades no Teatro Municipal.
Guaratiba: À noite, participa de vigília de oração com os participantes da Jornada Mundial da Juventude no Campus Dei.
Domingo, dia 28
Visita: Sobrevoa de helicóptero o Cristo Redentor antes de seguir para Guaratiba.
Missa: Às 10 horas, celebra a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba. Na hora do almoço, faz oração do Angelus Domini.Depois, participa de reunião com voluntários da jornada no Riocentro e se despede do Rio.
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O papa Francisco fez um discurso contra a liberação do uso drogas na América Latina em visita ao Hospital São Francisco de Assis, no Rio de Janeiro. Ele também afirmou que os traficantes são os "mercadores da morte".
Na primeira vez que fala publicamente sobre o problema das drogas desde o início de seu pontificado, o argentino deu as primeiras indicações de que, se seus gestos são novos e sua simpatia o transformou em um ícone global, ele não está disposto a mudar posições tradicionais da Igreja.
A crítica à liberalização das drogas ocorreu enquanto visitava o hospital, que atende dependentes de drogas, e depois de se reunir com cinco pacientes. "Não é deixando livre o uso de drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química", declarou Francisco. Países como o Uruguai já liberalizaram o consumo de maconha, enquanto outros na região avaliam propostas similares.
Para ele, a solução não vem da liberalização, mas de uma estratégia para "enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança ao futuro". E atacou também o narcotráfico. "São tantos os 'mercadores da morte' que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo custo", disse. "A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da sociedade inteira um ato de coragem", insistiu.
O papa Francisco ainda atacou o egoísmo da sociedade por não dar atenção suficiente aos dependentes de drogas. "Precisamos abraçar quem tem necessidade", disse. "Há tantas situações no Brasil e no mundo que reclamam a nossa atenção, cuidado, amor, como a luta contra a dependência química", declarou. "Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo", afirmou.
O pontífice retornou ao Rio após a visita ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida pela manhã e no inicio da tarde. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que trouxe o pontífice de São José dos Campos (SP), pousou às 17h40 na Base Aérea do Galeão.
Com o tempo chuvoso no Rio, houve uma rápida recepção na base e o papa embarcou rapidamente no carro. Até chegar ao hospital, na Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, o cortejo percorreu várias ruas do bairro, que desde as 16h ficaram bloqueadas ao tráfego. Milhares de pessoas aguardaram ao longo do percurso, sob a chuva e o frio desta tarde, a passagem do papa Francisco.
Visita a Aparecida
O papa Francisco decolou de helicóptero por volta das 15h45 do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida em direção à base da Força Aérea Brasileira (FAB) de São José dos Campos, onde pegou um avião em direção ao Rio de Janeiro. Antes de embarcar, o pontífice desfilou mais uma vez de papamóvel pela cidade. Durante o trajeto, ele desceu do carro e cumprimentou algumas pessoas que estavam nas ruas.
No período da manhã, o pontífice celebrou uma missa no Santuário Nacional de Aparecida. O ato religioso teve início às 11 horas e terminou por volta das 12h30. Após a celebração, o pontífice abençoou o público, a partir de uma tribuna do santuário. Ele pediu que os fiéis rezassem por ele e disse que volta ao Brasil em 2017.
"Eu peço um favor, rezem por mim. Necessito. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de vocês. Até 2017, porque eu vou voltar", afirmou Francisco. Em 2017, fará 300 anos que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada no rio Paraíba do Sul, em São Paulo.