O Papa Francisco pediu neste domingo (21), na tradicional oração do meio-dia aos domingos, na Praça de São Pedro, em Roma, a milhares de fiéis presentes no local que "acompanhem espiritualmente com preces" sua viagem ao Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude. O Papa chega ao Brasil nesta segunda-feira (22) e voltará para a Itália no domingo (28).
O pontífice encorajou os jovens a não se desentenderem dos pobres e a perguntarem a Jesus o "que têm que fazer com suas vidas, o que quer deles e qual é o caminho que devem tomar". Francisco pediu também a intercessão de Maria, "tão amada e venerada" no Brasil, para esta "nova etapa da grande peregrinação de jovens pelo mundo". O papa visitará a Basílica de Nossa Senhora, na cidade de Aparecida, em São Paulo, no dia 24 de julho.
Nos últimos dias o papa fez diversos comentários sobre a JMJ. No sábado, o papa foi do Vaticano para a Basílica de Santa Maria Maggiore de Roma para pedir à Virgem proteção em sua primeira viagem internacional. Diante da imagem de Nossa Senhora, o pontífice rezou por mais de meia hora, fez uma oferenda de flores e acendeu um círio com o emblema da JMJ.
Em 19 de julho, Francisco visitou o papa emérito Bento XVI para pedir que ele o acompanhe com suas preces durante a JMJ, convocada por Joseph Ratzinger ao final da jornada realizada em Madri em agosto de 2011.
Esta é a primeira Jornada Mundial da Juventude, criada por João Paulo II em 1984, liderada por Francisco, que a "herda" de Bento XVI, que renunciou ao pontificado.
Francisco partirá de Roma acompanhado de seu "primeiro-ministro", o secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, e do Substituto da Secretária de Estado (número três do Vaticano), o arcebispo Giovanni Angelo Becciu.
Além disso, viajarão com o papa os cardeais Marc Oullet, presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, e o brasileiro João Braz de Aviz, prefeito regional da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada.
Durante sua estadia, o papa não usará o papamóvel blindado, mas o jipe que costuma utilizar todas as quartas-feiras na audiência pública realizada neste dia na praça São Pedro.
A viagem
Entre os lugares que serão visitados pelo papa no Rio estão um hospital para jovens indigentes, dependentes químicos e alcoólatras e a comunidade de Varginha, no complexo de Manguinhos, que até o final do ano passado era controlado pelo tráfico de drogas. O local tem cerca de dois mil habitantes e o papa deverá caminhar pelo favela, entrar em uma casa e saudar seus moradores e depois se reunir com a comunidade em um campo de futebol.
Mario Jorge Bergoglio não é o primeiro papa que visita uma favela na cidade, pois João Paulo II também visitou uma comunidade no Rio.
Francisco é o terceiro papa que visita o Brasil. João Paulo II veio quatro vezes ao país e Bento XVI uma.
Segurança
Um total de 14.000 policiais cuidarão da segurança da JMJ, evento que contará com a presença de seis mil jornalistas de todo o mundo.
Além disso, o evento terá a participação de mil bispos e 250 deles realizarão catequeses com jovens, realizadas em 300 lugares diferentes do Rio de Janeiro. Delas, 133 serão em português, 50 em espanhol, 25 em inglês, 15 em italiano e em francês, oito em alemão e cinco em árabe.
A JMJ foi criada em 1984 e desde então ocorreu em Roma (1985), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (Espanha, 1989); Czestochowa (Polônia, 1991); Denver (EUA 1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (Canadá, 2002), Colônia (Alemanha, 2005), Sydney (2008) e Madri (2011).
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