São Paulo - Autoridades de saúde dos Estados Unidos afirmam que os casos de gripe A estão diminuindo no Hemisfério Norte, depois de um pico registrado há dez semanas. Especialistas esperam, no entanto, uma nova onda de casos da doença durante os meses mais frios do outono.
O número de mortes no país causadas pela gripe suína como é chamada a gripe A (H1N1) chegou a 353, e o número de pacientes hospitalizados por causa da doença subiu para mais de 5.5 mil. Na última semana, foram reportadas 302 mortes.
Acredita-se que mais de 1 milhão de americanos foram infectados pelo vírus H1N1, mas a maioria dos casos não foi reportada.
A gripe suína continua se espalhando nos EUA, mas o número de casos tem diminuído.
Autoridades de Saúde nos Estados Unidos recomendaram que metade da população do país seja vacinada contra o vírus H1N1. O governo deve se preparar para vacinar cerca de 160 milhões de pessoas. Grávidas, funcionários do sistema de saúde, crianças e adultos com idade até 24 anos devem ter prioridade na vacinação. A campanha, que distribuirá duas doses da vacina por pessoa, deve começar em outubro.
Apesar da recomendação, o governo afirmou que a lista para a campanha pode ser alterada, já que ainda não se sabe se a produção de vacinas até outubro será suficiente para abastecer metade da população norte-americana.
Tamiflu
Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a venda de Tamiflu fosfato de oseltamivir, medicamento contra o influenza A continue a ocorrer apenas com orientação médica para o tratamento da gripe suína. Mas abre a possibilidade para que os países que contam com um estoque significativo do remédio e que têm recursos financeiros usem o antiviral também como profilaxia.
Na Europa e em vários países a disseminação do vírus A está se transformando em um desafio em termos de tratamento. Em países como o Reino Unido, já se pode comprar o remédio pelo telefone, enquanto na Suíça a caixa do antiviral é 100% reembolsada pelos seguros de saúde. Reportagem publicada pela Gazeta do Povo, na última sexta-feira, mostrou que o Tamiflu é vendido no Paraguai sem receita médica, prática proibida pela Vigilância Sanitária.
No Brasil, apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave são medicados com o fosfato de oseltamivir.