Funcionários do HC vinculados à Funpar podem paralisar atividades a partir de quinta-feira (14).| Foto: Henry Milleo/Gazeta

Funcionários do Hospital de Clínicas (HC) vinculados à Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) decidiram, em uma assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (11), pela aprovação de um indicativo de greve por conta de atraso nos salários.

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De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR), aproximadamente 250 trabalhadores presentes na reunião aprovaram o início da paralisação a partir de quinta-feira (14). Eles deveriam ter recebido no quinto dia útil do mês. No entanto, os depósitos ainda não foram feitos.

Frequência por biometria ainda não atinge 100% dos funcionários do HC

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“A categoria já está esgotada, e a gente não tem uma resposta direta da Funpar para dizer o que está acontecendo”, disse Carmen Luiza Moreira, uma das coordenadoras do sindicato.

Atualmente, cerca de 900 funcionários do HC são vinculados à Funpar. Caso ocorra a paralisação, os setores mais afetados do hospital deverão ser os laboratórios e a central de agendamento. Contudo, algumas áreas de atendimento interno também poderão sofrer impacto, já que a fundação também mantém enfermeiros e técnicos de enfermagem. O impasse não afeta a maternidade Victor Ferreira do Amaral.

Após a assembleia realizada no hall da direção do HC, os funcionários seguiram para a frente da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para cobrar um posicionamento do reitor Zaki Akel Sobrinho.

Motivo dos atrasos

Em uma nota divulgada na sexta-feira (8), o Hospital de Clínicas (HC) informou que o atraso no repasse da folha de pagamento de parte dos funcionários foi causado pela prorrogação do ano fiscal para o dia 8 de janeiro e por problemas no Sistema de Convênios (Sincov), contribuindo para a desestabilização dos processos de compras e pagamento da HC.

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Segundo o informativo, a instituição já possui recursos suficientes para realizar o pagamento da folha da Funpar, restando apenas a tramitação bancária prevista para o início desta semana.

Em entrevista nesta manhã, o reitor da UFPR reitor Zaki Akel Sobrinho reiterou que a culpa dos atrasos foi o sistema de repasses, administrado pelo governo federal. Ele explicou que todo o trâmite, desde a liberação da verba pela União até o depósito na conta do servidor, demora de dois a três dias úteis. Como o processo de transferência foi autorizado na última sexta-feira, é provável que os servidores recebam ainda nesta terça (12), ou, no máximo, na quarta-feira (13).

“Reconhecemos o atraso de dois dias úteis uteis no pagamento. Fizemos todas os movimentos possíveis para antecipar isso. Fomos buscar recursos de reservas, mas não conseguimos dessa vez efetivar o pagamento no dia que era combinado”, reiterou o reitor.

Ele se referiu ainda à possibilidade de greve levantada no mês passado, quando, com 13° salário atrasado, os servidores também se mobilizaram em direção a uma paralisação, e disse que situações como esta não devem mais se repetir ao longo de 2016.

“Temos certeza que será o único que mês que haverá este problema. Porque daqui para frente temos assegurados os repasses pela Ebserh [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares]”, afirmou.

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