Funcionários do Hospital de Clínicas (HC) vinculados à Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) decidiram, em uma assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (11), pela aprovação de um indicativo de greve por conta de atraso nos salários.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR), aproximadamente 250 trabalhadores presentes na reunião aprovaram o início da paralisação a partir de quinta-feira (14). Eles deveriam ter recebido no quinto dia útil do mês. No entanto, os depósitos ainda não foram feitos.
Frequência por biometria ainda não atinge 100% dos funcionários do HC
Leia a matéria completa“A categoria já está esgotada, e a gente não tem uma resposta direta da Funpar para dizer o que está acontecendo”, disse Carmen Luiza Moreira, uma das coordenadoras do sindicato.
Atualmente, cerca de 900 funcionários do HC são vinculados à Funpar. Caso ocorra a paralisação, os setores mais afetados do hospital deverão ser os laboratórios e a central de agendamento. Contudo, algumas áreas de atendimento interno também poderão sofrer impacto, já que a fundação também mantém enfermeiros e técnicos de enfermagem. O impasse não afeta a maternidade Victor Ferreira do Amaral.
Após a assembleia realizada no hall da direção do HC, os funcionários seguiram para a frente da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para cobrar um posicionamento do reitor Zaki Akel Sobrinho.
Motivo dos atrasos
Em uma nota divulgada na sexta-feira (8), o Hospital de Clínicas (HC) informou que o atraso no repasse da folha de pagamento de parte dos funcionários foi causado pela prorrogação do ano fiscal para o dia 8 de janeiro e por problemas no Sistema de Convênios (Sincov), contribuindo para a desestabilização dos processos de compras e pagamento da HC.
Segundo o informativo, a instituição já possui recursos suficientes para realizar o pagamento da folha da Funpar, restando apenas a tramitação bancária prevista para o início desta semana.
Em entrevista nesta manhã, o reitor da UFPR reitor Zaki Akel Sobrinho reiterou que a culpa dos atrasos foi o sistema de repasses, administrado pelo governo federal. Ele explicou que todo o trâmite, desde a liberação da verba pela União até o depósito na conta do servidor, demora de dois a três dias úteis. Como o processo de transferência foi autorizado na última sexta-feira, é provável que os servidores recebam ainda nesta terça (12), ou, no máximo, na quarta-feira (13).
“Reconhecemos o atraso de dois dias úteis uteis no pagamento. Fizemos todas os movimentos possíveis para antecipar isso. Fomos buscar recursos de reservas, mas não conseguimos dessa vez efetivar o pagamento no dia que era combinado”, reiterou o reitor.
Ele se referiu ainda à possibilidade de greve levantada no mês passado, quando, com 13° salário atrasado, os servidores também se mobilizaram em direção a uma paralisação, e disse que situações como esta não devem mais se repetir ao longo de 2016.
“Temos certeza que será o único que mês que haverá este problema. Porque daqui para frente temos assegurados os repasses pela Ebserh [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares]”, afirmou.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora