Ocupado por 352 famílias, um terreno da Vila Sabará, na Cidade Industrial, é o primeiro a ter um projeto do MCMV-Entidades em Curitiba. A proposta, porém, vem desde 2012, ano em que as primeiras famílias chegaram ao local e formaram a Ocupação Nova Primavera. De acordo com o MTST no Paraná, os projetos arquitetônicos e social já foram encaminhados à Caixa Econômica Federal. Ainda não há, porém, uma definição jurídica para a desapropriação da área, que pertence à empresa Damiani Engenharia. A própria empresa já manifestou que aguarda um posicionamento dos órgãos públicos para construção de moradias populares no local.
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A família de Vivian Brito Hilderbarant, 35, e Luciano Gonçalves dos Santos, também de 35, foi uma das primeiras a chegar ao local. Eles dizem já não estabelecer mais metas para sair daquela situação. “No início, fazíamos planos e colocávamos prazos. Mas agora não dá mais. É ir melhorando a situação aqui mesmo até que o projeto aconteça”, afirmou Vivian.
Antes do acirramento da crise econômica e política, ambos trabalhavam formalmente. Agora, dizem viver de bicos. “Pego minha bicicleta e saio por aí oferecendo serviço, desde reforma de telhados até encanamentos. Mas não está fácil”, lamentou-se Santos.
Antes de ir morar em um dos barracos da ocupação, o casal vivia com os quatro filhos em uma casa alugada na própria Vila Sabará. Dizem ter optado pela ocupação porque os ganhos já não suportavam mais o peso do aluguel.
A Ocupação Nova Primavera é vizinha de outras duas ocupações na CIC, a 29 de março e a Tiradentes, essa última tem uma ordem de despejo emitida pela Justiça e ainda não cumprida pelo governo estadual.
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