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Menina foi atingida por uma cabine do brinquedo “Crazy Dance”, no dia 31 de outubro | Bianca Garmatter / Gazeta do Povo
Menina foi atingida por uma cabine do brinquedo “Crazy Dance”, no dia 31 de outubro| Foto: Bianca Garmatter / Gazeta do Povo

O gerente e um funcionário do parque de diversões, onde ocorreu um acidente que causou a morte de uma menina de dois anos de idade, em Paranaguá, no Litoral, vão ser indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). A informação foi adiantada pelo delegado Rômulo Ventrella, responsável pelo caso. Para a polícia, as investigações e os laudos periciais comprovam que houve negligência por parte dos representantes do parque.

O acidente ocorreu na noite de 31 de outubro, quando a menina cruzou um portão que dá acesso à área isolada do brinquedo chamado Crazy Dance e foi atingida por uma cabine giratória do aparelho. Ela morreu horas depois, no hospital, em decorrência dos ferimentos. De acordo com o delegado, a polícia aguarda apenas o laudo detalhado sobre as lesões que a menina sofreu, para concluir o inquérito policial. "Com a chegada desta perícia, finalizamos os trabalhos e encaminhamos o inquérito ao Ministério Público", disse Ventrella.

Uma perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) apontou que o portão que controla a entrada na área restrita do brinquedo estava destrancado e que a estrutura não poderia ser aberta por uma criança. Segundo o delegado, o laudo comprova o gradil estava aberto, o que facilitou a entrada da menina no espaço isolado, reforçando a tese de negligência.

"O funcionário que deveria estar posicionado na entrada do brinquedo, controlando o acesso das crianças, responderá pelo caso. O gerente, enquanto responsável pelo parque, também será indiciado", explicou o delegado. Ventrella ressalta que os equipamentos do parque estavam em plenas condições físicas de funcionamento e que a manutenção dos brinquedos estava em dia. "O que houve foi uma falha operacional, que ocasionou o acidente", apontou.

O gerente do parque, André Martins, questionou a avaliação do delegado. Ele destaca que não estava no local no instante do acidente e que, por isso, não deveria ser indiciado. "Eu não posso ser responsabilizado por uma ocorrência que ocorreu em um lugar em que não estava. Isso não existe", afirmou. A Gazeta do Povo não conseguiu falar com o funcionário que, segundo a polícia, será indiciado.

No dia 2 de outubro, a polícia já havia descartado a possibilidade de os pais da menina terem cometido negligência. Em depoimento, eles relataram que a criança entrou na área restrita do brinquedo, depois que a mãe soltou da mão da filha para pegar uma máquina fotográfica.

Segundo Martins, após o acidente, o parque permaneceu fechado por dois dias, até que as autoridades vistoriassem todos os brinquedos. Nesta sexta-feira (12), o parque operava normalmente em Paranaguá, na Festa de Nossa Senhora do Rocio.

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