O Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, ficou 13 dias com o quadro de médicos anestesiologistas desfalcado. O contrato com a Cooperativa Paranaense de Prestadores de Assistência a Área da Saúde (Copas) para o serviço havia encerrado no último dia 14 de julho. Nesta terça-feira (28), um novo contrato com a mesma cooperativa de médicos anestesiologistas foi homologado com duração de um ano. O HC informa que, durante esse período, tinha profissionais do próprio quadro trabalhando na função, mas não especificou a quantidade de médicos.
A assessoria do HC informa ainda que o contrato, que custa R$ 5 milhões por ano, pode ser renovado por mais cinco anos, conforme as necessidades do próprio hospital. Os pagamentos, de acordo com o hospital, serão sobre os procedimentos efetivamente realizados, levando em conta a tabela de procedimentos do SUS. O HC também afirma que realiza esse tipo de contratação há cerca de 10 anos devido à falta de profissionais concursados.
A expectativa é de que o concurso público realizado via Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), do governo federal, supra gradativamente a demanda destes profissionais a partir de outubro. O resultado do concurso será divulgado em setembro.
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Cirurgia eletiva
A falta de médicos anestesiologistas, somada à greve dos servidores técnico-administrativos federais, impediu a realização das cirurgias eletivas na instituição. Com o novo contrato firmado, a expectativa é de que alguns procedimentos possam ser realizados.
A paralisação dos servidores mantém 57 leitos do HC fechados de um total de 250 que estão em uso. A paralisação teve início no dia 29 de maio e dos 1.934 servidores concursados da instituição, 194 estão em greve. As informações foram divulgadas pela assessoria do HC na tarde desta terça-feira (28). O hospital informou que o Centro Cirúrgico só estava realizando procedimentos de urgência.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR) informa que os servidores requerem um reajuste salarial linear de 27,3% e que a data-base da categoria seja estabelecida para o dia 1.º de maio. Essas reivindicações fazem parte de uma pauta unificada dos servidores públicos federais de todo o país.
Na quinta-feira (30), o Sinditest-PR realizará uma assembleia às 10 horas, no Restaurante Universitário Central da Universidade Federal do Paraná para decidir se o movimento apresentará uma contraproposta ao governo federal para tentar colocar fim à greve.
Na semana passada, o governo federal reapresentou a mesma proposta já realizada anteriormente – aumento de 21,3% parcelados em quatro anos – acrescida de reajustes em benefícios sociais: auxílio-alimentação, auxílio-creche e plano de saúde suplementar.