A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) criticou, nesta quinta-feira (18), a chamada “ideologia de gênero” e afirma que o tema tem sido “introduzido de forma silenciosa” em planos municipais de educação.
A entidade se manifestou diante da possibilidade de inclusão de palavras como “gênero” nos documentos de estados e municípios. O uso do termo, em vez de sexo masculino e feminino, é interpretado pela Igreja como uma ideologia para educar meninos e meninas de forma neutra.
O tema foi alvo de polêmica durante debate do Plano Municipal de Educação de São Paulo. Na ocasião, a palavra “gênero”, que aparecia oito vezes nas 50 páginas do plano, foi totalmente removida. Trechos com as palavras “orientação sexual” e “sexualidade” também foram retirados.
Para a CNBB, essa ideologia “desconstrói o conceito de família, que tem seu fundamento na união estável entre homem e mulher”.
“Pretender que a identidade sexual seja uma construção eminentemente cultural, com a consequente escolha pessoal como propõe a ideologia de gênero, não é caminho para combater a discriminação das pessoas por causa de sua orientação sexual”, alega a CNBB.
O posicionamento foi divulgado após primeira reunião do conselho permanente da entidade, cujo presidente, dom Sérgio da Rocha, foi escolhido em abril.