A mãe e o padrasto do menino Ezra entraram na lista de procurados da Interpol. O casal é suspeito de matar e esconder o corpo da criança dentro de um freezer no apartamento da família no bairro da Bela Vista, região central de São Paulo.
Imagens de câmeras de segurança do aeroporto de Guarulhos mostram a mãe Lee Ann Finck, o padrasto Mzee Shabani, e duas filhas menores pouco antes de embarcarem para a Tanzânia, na África, no dia 3 de setembro.
O corpo do menino de aproximadamente cinco anos foi encontrado um dia depois do embarque. O casal não era visto desde o dia 31 de agosto, segundo vizinhos.
Outras imagens mostram que, na tarde do dia 22 de agosto, Ezra passa pelo hall de entrada do prédio cumprimentando uma vizinha. Horas mais tarde, retorna ao prédio.
Seis dias depois, na noite do dia 28 de agosto, as câmeras gravam o freezer sendo carregado pelos corredores do prédio onde a família morava. Um dia depois, o padrasto do menino é visto pela última vez saindo do prédio.
Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, um mensageiro de 45 anos estranhou o fato de o primo dele, um vendedor de 26 anos, ter fechado a loja de doces que mantinha no térreo do edifício Fortuna, na rua Santo Amaro.
No dia 4, ele foi ao local para verificar o que havia ocorrido com o parente, que morava no primeiro andar do mesmo prédio.
Ao subir até o apartamento, ele sentiu o forte cheiro que exalava do imóvel. Policiais militares foram chamados, entraram no imóvel e encontraram o corpo do menino dentro do freezer. Ele estava enrolado em um lençol e sacos plásticos.
Segundo vizinhos, no dia 28 de agosto, o casal baixou as portas da loja e anunciou que a manteria fechada por sete dias para reforma.
Parentes do padrasto afirmaram que ele e a mãe já perderam a guarda do garoto por suspeita de agressões. Vizinhos também já haviam revelado que o garoto era agredido.
Em nota, a SSP confirmou que pediu prisão preventiva da mãe e do padrasto de Ezra. O pedido já foi aceito e a preventiva foi decretada.
Os suspeitos foram indiciados por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
A Polícia Civil de São Paulo também pediu para a Polícia Federal informações do destino dos suspeitos e o Consulado da África do Sul foi contatado.
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