A investigação sobre um suposto esquema para assassinar Christiane Yared, em 2012, foi arquivada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava no ano passado. A reportagem original sobre o fato – publicada pela Gazeta há quase quatro anos – viralizou no último fim de semana, depois que muitas pessoas voltaram a compartilhar o texto como se fosse atual.
O Ministério Público do Paraná informou nesta terça-feira (19) que a apuração, que correu sob sigilo, não conseguiu elementos que comprovassem o esquema ou descobrissem o autor da ameaça. Christiane, hoje deputada federal, é mãe de Gilmar de SouzaYared, um dos jovens mortos em um acidente de trânsito em 2009, em Curitiba, que envolveu o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho.
Ele é acusado duplo homicídio com dolo eventual em razão de estar embriagado e em altíssima velocidade, supostamente assumindo o risco de matar ao dirigir. Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski suspendeu o júri de Carli Filho, que estava marcado para o próximo dia 21, até que um recurso pendente no Superior Tribunal de Justiça seja julgado.
Leia a cobertura completa sobre o caso Carli Filho
Em 2012, uma pessoa alertou a família Yared sobre um suposto esquema para matar Christiane e um promotor de justiça. No dia 16 de fevereiro daquele ano, Christiane ouviu do denunciante que haveria um pistoleiro que receberia R$ 250 mil para cometer os dois assassinatos. Na época, a denúncia também frisava que uma segunda pessoa, o motorista do veículo, que levaria o pistoleiro, receberia outros R$ 50 mil. A conversa, que aconteceu por telefone, foi gravada e o áudio entregue ao Ministério Público.
A família Yared foi orientada a não comentar o caso, porém, Gilmar Yared - marido de Christiane - denunciou o fato por meio de seu perfil no Facebook à época. “O mais grave foi que o pistoleiro já estava com uma foto da Christiane. Resolvi denunciar o caso antes que algo acontecesse com ela”, afirmou Gilmar Yared, em 2012.
O caso foi levado, então, para o Gaeco de Guarapuava, mas acabou arquivado por falta de provas no ano passado.
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