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O sistema de radares de Curitiba vai passar por uma auditoria externa, a ser realizado pelo Lactec, instituto de tecnologia do governo do estado. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (21) pelo presidente da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), Marcos Isfer, que esteve na Câmara Municipal de Curitiba para esclarecer dúvidas dos vereadores sobre os radares. Além de Isfer, outros diretores da Urbs também estiveram na Casa.

Segundo Isfer, o procedimento será adotado para que não paire nenhuma dúvida sobre a credibilidade do sistema e deve começar nesta terça-feira (22). Os vereadores foram convidados a acompanhar as averiguações. Desde que o programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma reportagem mostrando a existência de uma máfia dos radares no país, o sistema curitibano entrou em crise. A Consilux, empresa que operava o sistema na capital, foi uma das denunciadas pela matéria. O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), já anunciou, inclusive, a suspensão do contrato com a empresa.

Questionado pelos vereadores, Isfer voltou a defender a "estatização" do sistema de radares da capital e afirmar que é impossível apagar multas. Ele disse que ainda não é possível afirmar quanto a administração do sistema custaria, já que ainda há pendências jurídicas a serem resolvidas.

Afastamento e CPI

A bancada de oposição da Câmara defende o afastamento da atual diretoria Urbs. Para o líder da oposição, vereador Jonny Stica (PT), assim como fez com a Consilux, o prefeito Luciano Ducci (PSB) deveria ter afastado todos os diretores da autarquia. "Entendemos que neste momento de denúncia e investigação, a melhor opção seria o afastamento", afirma. "Se for este o interesse da Câmara Municipal, a qualquer hora e momento", rebate Isfer, sobre a possibilidade de colocar o cargo à disposição.

Para Stica, os esclarecimentos prestados pelos diretores do órgão foram válidos, mas ainda são superficiais. Para ele, outros órgãos e entidades deveriam ser ouvidos, incluindo a Consilux. "Se nós queremos de fato esclarecer um assunto, temos de nos aprofundar nele", afirma o vereador, que voltou a reforçar a importância da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para analisar o caso.

A bancada de oposição continua recolhendo assinaturas para abertura da CPI para investigar o caso. Por enquanto, apenas seis vereadores assinaram. O mínimo de assinaturas para abertura de uma CPI é 13.

Para o vereador João do Suco (PSDB), a CPI não é necessária neste momento. "Se nós sentirmos que ainda há necessidade de mais explicações, a bancada vai assinar a CPI. Não vemos necessidade nesse momento, em que o processo está sendo investigado e que a Urbs já determinou uma auditoria particular", afirma. Na opinião do vereador, o Legislativo está fazendo seu papel.

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