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O Conselho Tutelar passou a guarda da irmã de cinco anos de Lavínia Rabeche da Rosa, a menina de 9 anos morta em casa no último final de semana por um andarilho, em Curitiba, para uma tia. A decisão, tomada na tarde desta sexta-feira (21), ainda é provisória. Nos próximos dias, a Vara da Infância e da Juventude pode decidir regularizar em definitivo a situação ou colocar a criança para adoção. Os pais da criança poderão ter novamente a guarda se provarem que se curaram da dependência química - a mãe é usuária de crack e o pai dependente de álcool – e que podem atender as necessidades da criança.

Lavínia morreu nas mãos do andarilho Mariano Torres Ramos Martins, na noite do sábado passado (15) . Em depoimento à polícia, o autor confessou que tentou abusar sexualmente da menina e que a estrangulou com um cordão de tênis. A irmã de Lavínia dormia em uma cama no mesmo cômodo no momento do crime. Maura da Rosa, mãe de Lavínia, que consumia crack rotineiramente com Martins, havia saído de casa para comprar mais drogas. Quando retornou a casa, e viu a filha morta, perseguiu o andarilho com uma faca de cozinha. Mario Luiz de Castro, padrasto de Lavínia e pai da criança de cinco anos, dormia durante o assassinato.

Segundo a vice-presidente do Conselho Tutelar Boa Vista, Joselaine Padilha, responsável pela área do Atuba, onde Maura mora, o afastamento se deu por causa da negligência no caso da morte de Lavínia e pela dependência química dos pais. Foi averiguada a possibilidade de uma avó da criança, que mora em Colombo, região metropolitana de Curitiba, assumir os cuidados. Porém, para o conselho, ela não tinha condições. Foi decidido então por uma tia que mora no Boqueirão e tem outros filhos. "A tia está mais bem estruturada que Maura", avalia Joselaine.

Para a conselheira, os pais da menina poderão tentar obter novamente a guarda da filha se concluírem tratamento para livrarem-se da dependência química. "Eles iniciaram e pararam várias vezes a terapia no centro de saúde", diz Joselaine. Os pais estão "abalados" pela decisão, segundo Joselaine.

Além de perder a guarda da criança, Maura será indiciada por abandono de incapaz pela Polícia Civil. Se condenada, Maura poderá ficar até 12 anos presa. Segundo o delegado Rogério de Castro, do 12º Distrito Policial, Lavínia provavelmente não seria assassinada se Maura não tivesse saído de casa.

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