Um dia após a publicação do acórdão do TC, a prefeitura de Curitiba anunciou que, como consequência da determinação do Tribunal e da inviabilidade financeira para a continuidade da operação, os ônibus híbridos serão retirados de circulação.
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Os auditores do TC entenderam que o risco do Hibribus deve ser assumido pelo mercado, que tem interesse na consolidação do modelo como produto comercial. Esses veículos entraram em circulação em 2012. Ao todo, são 30 circulando em linhas como Mercês/Guanabara, Água Verde e Detran/Vicente Machado. A taxa de risco impacta em R$ 0,06 na tarifa.
Mas a Volvo, fabricante do modelo, havia divulgado à época do lançamento do Hibribus que no pacote comercializado estavam incluídos, além do chassi, a manutenção do veículo feita por mecânicos especializados e uma garantia da bateria – um dos itens mais caros do modelo. A reportagem apurou que o contrato com Curitiba era de quatro anos – portanto ainda vigente.
Para usuários do veículo, o modelo é mais confortável e o custo adicional valeria a pena, desde que a tarifa estivesse em um valor justo. “Se a tarifa fosse menor, concordaria em pagar mais por ele. É confortável e bom para o meio ambiente. Mas não está certo todos os usuários pagarem para que a menor parcela ande com conforto”, opina Izabella Rolin Barcellos, 24 anos. A tese é corroborada pela aposentada Alice Mateu, que usa o Hibribus Guanabara quatro vezes por semana. “Um centavo a mais por esse conforto vale a pena.”