O Boca Juniors, da Argentina, recusou nesta semana um convite feito pelo empresário Aurélio Almeida para disputar um amistoso neste mês contra o Grêmio Maringá, tradicional time da cidade, que foi reativado recentemente. Ao contrário do que Almeida alegou, o motivo da recusa é a necessidade de dar início às férias dos jogadores, que precisam, por exigência do sindicato dos atletas, descansar por pelo menos 30 dias. O empresário havia dito, em comunicado divulgado à imprensa, que o jogo não aconteceria porque o clube argentino se assustou com a violência cometida por torcedores do Coritiba, no último domingo (6), no Estádio Couto Pereira.
Segundo Almeida, o jogo estava marcado para o dia 15 deste mês, uma terça-feira, no Estádio Willie Davids. O empresário disse que, na semana passada, passou três dias em Buenos Aires, período no qual teria assinado com o time portenho o contrato referente ao amistoso. No início desta semana, contudo, a assessoria do Grêmio Maringá não aceitou enviar uma cópia do contrato à reportagem do Jornal de Maringá, alegando que ali constavam informações como o valor pago ao time argentino pela partida.
O Boca encerra no próximo domingo (13), contra o Banfield, sua participação no Torneo Apertura. De acordo com o manager do time argentino, Carlos Bianchi, no dia seguinte os jogadores entram em férias. A assessoria de imprensa do clube informou que, caso resolvessem disputar a partida em Maringá, os atletas teriam de adiar o recesso por pelo menos dois dias, o que poderia trazer problemas futuros, pois no fim de janeiro já começa a nova edição do campeonato nacional, o Torneo Clausura. "O início do campeonato foi antecipado por causa da Copa do Mundo. E antes dos jogos, claro, é preciso um período de preparação", explicou o assessor, Alberto Fernandez.
Bianchi diz comunicou a decisão a Almeida, via telefone, na noite de segunda-feira (7). Ele ressaltou que a recusa ao convite não tem relação nenhuma com os fatos ocorridos no Couto Pereira. Questionado sobre isso, o empresário brasileiro disse que a nova justificativa foi um acordo entre os clubes, para não causar mal-estar entre as partes. "Eles não falam [que o amistoso foi recusado por medo da violência] para não ofender o nosso país, senão criariam um problema grave, até pela rivalidade que existe entre Brasil e Argentina."
Contudo, uma fonte do clube argentino que não quis se identificar disse que os campeonatos locais são marcados por muita violência e que o Boca Juniors não negaria uma proposta de amistoso por esse motivo.
Novo amistoso
Com o fracasso do jogo, Almeida diz que realizará um novo amistoso, também contra um time internacional, no dia 20 deste mês, um domingo. Ele falou que o adversário não está definido, mas que pensa em convidar um clube mexicano. A partida será no Estádio Willie Davids. O site oficial do time anuncia ainda uma partida amistosa no México, em 10 de janeiro, contra Club de Fútbol Indios, da primeira divisão local.
Em relação ao jogo contra o Boca Juniors, o empresário diz que o confronto acontecerá no ano que vem. "Provavelmente vai ser em fevereiro. Vamos aproveitar que o Boca não vai jogar a Copa Libertadores e usaremos uma dessas datas para promover a partida aqui na nossa cidade." O manager do clube argentino, Carlos Bianchi, contudo, não confirmou um novo jogo.
Aurélio Almeida tem prometido grandes amistosos desde que apresentou o ex-jogador Muller como técnico do clube. A equipe, contudo, encerrou o jejum de quatro anos longe dos gramados jogando contra um combinado de jogadores de Marialva, município de pouco mais de 30 mil habitantes, vizinho de Maringá.."
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