Os antigos condôminos da Estação Rodoviária Américo Dias Ferraz ( a Rodoviária Velha de Maringá) sofreram um novo revés. Após a apresentação de recurso, a Justiça manteve a decisão que concedeu posse provisória do prédio para a prefeitura. A decisão do juiz a 4ª Vara Cível de Maringá, Alberto Marques dos Santos, foi tomada nesta terça-feira (18).
Como a posição do juiz foi desfavorável para os lojistas, eles prometem recorrer no Tribunal de Justiça do Paraná. Segundo o advogado do grupo, b>Alberto Abraão Vagner da Rocha, o recurso deve ser apresentado na quarta-feira (18). "Esperamos que a decisão seja rápida", afirmou para a reportagem do JM.
Já o procurador jurídico da prefeitura, Luiz Carlos Manzato, disse que já esperava que a imissão de posse fosse mantida pela Justiça. No entanto, ele não quis comentar a respeito do recurso, já que não teve acesso ao processo movido pelos antigos condôminos.
Isolamento deve terminar na quarta-feira
Na sexta-feira (14), a Prefeitura de Maringá começou a isolar a Rodoviária Velha para demoli-la. O objetivo do município é construir um centro cultural no local. Segundo o secretário municipal de Serviços Públicos, Vagner Mússio, os trabalhos de instalação de alambrados em torno do prédio atrasaram por causa das chuvas. "Nós acreditamos que até amanhã (18) esse serviço será finalizado", afirmou.
Ainda de acordo com Mussio, não foi definido se os serviços de demolição serão terceirizados ou feitos pela equipe da prefeitura. "Nós ainda vamos nos reunir na rodoviária e analisar com os técnicos o que pode ser feito pelo município e quais serviços precisarão ser contratados". Um processo licitatório deste gênero deve demorar cerca de 60 dias.
Apesar da iminência da demolição, o advogado dos antigos condôminos se mantém confiante. "Essa posse concedida pelo juiz é provisória e não deve ser utilizada como definitiva. Portanto, alterar essa realidade é irregular e a prefeitura não pode demolir o local. Acredito que a administração municipal vai se limitar a colocar os tapumes", explicou. Tanto Mussio quanto o advogado confirmam que vários lojistas ainda não retiraram os pertences da antiga rodoviária. "Enquanto o processo permanecer pendente, os condôminos não têm porque retirar", salientou Rocha.
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