As obras de reforma dos banheiros e da lanchonete do Parque do Ingá, licitadas em setembro e que deveriam ter sido iniciadas no começo de outubro, ainda estão na estaca zero. A empreiteira que ganhou o direito de executar o projeto só assinou contrato com a prefeitura na semana passada, deve levar ainda 15 dias para começar os trabalhos e mais dois ou três meses para finalizar. Como a entrega do trabalho ficará apenas para 2010, o parque que está fechado desde 16 de abril poderá entrar no ano novo sem a reabertura prevista pela prefeitura.
"Em dezembro o término da obra é impossível", disse Raphael D'ávila, proprietário da R.D Ferreira Construtora ME, empreiteira que irá receber R$ 222.620,00 para construir novos banheiros e reformar a lanchonete. Essa etapa das obras de revitalização corresponde a uma área de 127,95 metros quadrados. A empresa também ficou com a atribuição de trocar o piso ao redor da lanchonete por outro de material ecológico.
Segundo Dávila, a greve da Caixa Econômica foi responsável pelo atraso na assinatura do contrato, pois com a paralisação dos engenheiros do banco, os recursos do Governo Federal demoraram ser liberados. A ordem de serviço não havia sido assinada até quarta-feira (4).
A versão não foi confirmada pela Prefeitura, que também não confirmou que a reabertura do Ingá ficará apenas para o Ano Novo. "Nossa parte ficará pronta a tempo", disse Vagner Mussio, secretário de serviços públicos. Mussio se referiu à parte do projeto de revitalização que ficou a cargo da própria administração: reformas nas ruas, colocação de novas trilhas e instalação de recreações para arborismo, brinquedos ecológico, além da pista de caminhada que fica ao redor do parque que deve ganhar nova iluminação para os praticantes de esportes.
Fechamento
Assim, o Parque do Ingá completa 7 meses de fechamento em novembro. O local não recebe visitação do público desde o dia 16 de abril em razão das mortes de macacos que viviam no local. Após a descoberta da doença que vitimou os animais, a prefeitura informou que iria fazer reformas importantes no local.
O fechamento do parque foi determinado pela Sesa, em acordo com as secretarias municipais de Saúde e Meio Ambiente, pois havia a suspeita de que os animais tivessem febre amarela, o que poderia contaminar os visitantes.
No início de junho, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) afirmou, em nota enviada à Secretaria Municipal de Saúde, que o parque poderia ser reaberto em dez dias, o que não ocorreu.
Os primeiros exames que ficaram prontosdescartaram a suspeita inicial de febre amarela e também de outras doenças, como dengue e febre hemorrágica (boliviana, argentina, brasileira e venezuelana). Também foram concluídos estudos que apontaram que os macacos tinham herpes 1 e 2.