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Apresentando os resultados de um programa de controle de gastos públicos, o Observatório Social de Maringá (OSM) venceu a quinta edição do concurso "Experiências em Inovação Social", promovido pela Comissão Econômica Para América Latina e Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU). A cerimônia de premiação, na qual a entidade recebeu US$ 30 mil, aconteceu durante a noite de sexta-feira (13), na Guatemala. Neste domingo (15), representantes do órgão foram recebidos no aeroporto por autoridades do município. Outras 12 iniciativas, de diversos pontos do continente, estavam na final. O prêmio recebeu a inscrição de 418 projetos, de 33 países.

O programa de análise de gastos públicos apresentado pelo Observatório tem três etapas: a análise do edital de uma determinada licitação, a comparação entre o valor cobrado pelo produto/serviço e os preços praticados pelo mercado, e o acompanhamento da execução do serviço, como a estocagem e a entrega do produto.

A metodologia baixou, por exemplo, de US$ 2,53 para US$ 0,18 (redução de 92%) o custo de escovas de dentes compradas pela Prefeitura de Maringá. Em outra fiscalização, o gasto com uniforme escolar caiu de US$ 1,1 milhão para US$ 534 mil. O projeto já é aplicado em 41 cidades brasileiras, de nove estados.

O Observatório Social de Maringá é uma ONG ligada à Sociedade Eticamente Responsável (SER) que, além de fiscalizar licitações e acompanhar contas públicas, monitora o trabalho de vereadores e desenvolve estudos sobre as condições habitacionais, sociais e econômicas da região de Maringá. O órgão existe há cinco anos.

Briga com vereadores

O Observatório Social, junto com a Sociedade Eticamente Responsável, ganhou destaque ao se tornar a primeira ONG da história de Maringá que não conseguiu o título de entidade de utilidade pública concedido pela Câmara Municipal. A atitude dos vereadores foi considerada uma retaliação, pois alguns dias antes o órgão divulgou um relatório criticando o trabalho dos parlamentares da cidade. Em decorrência da repercussão, a Câmara recuou na decisão e aprovou o título.

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