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Noroeste

Prefeituras de 30 municípios da região fecham as portas nesta quarta

A maioria das prefeituras que compõem a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), no Noroeste do estado, deve fechar as portas nesta quarta-feira (23), como forma de protesto à queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), feito pela União. Segundo a Prefeitura de Maringá, a paralisação do atendimento ao público no Paço Municipal será feita apenas em solidariedade aos outros municípios da região. No dia do protesto, representantes de diversas cidades do Paraná, incluindo os integrantes da Amusep, participam da Marcha dos Prefeitos a Brasília. Maringá não mandará representante.

Segundo a assessoria da prefeitura maringaense, a cidade vai aderir parcialmente ao protesto, com o Paço Municipal funcionando em expediente interno e com as demais secretarias atendendo ao público. A Prefeitura de Maringá, que tem porte maior, não é diretamente atingida pela queda do FPM e por isso não pretende mandar representante à Brasília. "Os prefeitos das outras cidades nos pediram uma manifestação solidariedade e resolvemos aderir", explica o chefe de gabinete do prefeito Silvio Barros (PP), Ulisses Maia.

A decisão de paralisar as atividades das prefeituras da Amusep foi tomada durante uma assembleia no dia (15), entre as 30 prefeituras que formam a associação - 26 comparecem à reunião. Ficou decidido que os serviços públicos essenciais, como coleta de lixo, transporte escolar e funcionamento creches, escolas e hospitais, serão mantidos.

De acordo com o prefeito de Munhoz de Mello e presidente da Amusep, Gilmar Silva, o repasse do FPM caiu 30% em comparação com o ano anterior e as pequenas cidades são as que mais sofrem com a queda. "Cerca de 80% do orçamento desses municípios dependem do fundo", afirmou Silva. Um cálculo da entidade estima que, em 2009, as prefeituras paranaenses já teriam deixado de receber R$ 231 milhões, se comparado com o valor destinado no mesmo período de 2008.

Outra reclamação

Outro pedido das prefeituras do estado diz respeito à provação das Propostas de Emenda Constitucional (PEC) de autoria dos senadores Osmar Dias (PDT) e Alvaro Dias (PSDB) que destinam parte dos recursos das contribuições às prefeituras. A PEC tramita no Congresso Nacional desde 2005 e obriga a União a repassar 10% para os Estados e 10% para os municípios do total da arrecadação anual sobre as contribuições sociais, o que significa (em valores atuais) aproximadamente R$ 20 bilhões a mais por ano para as 5,5 mil prefeituras brasileiras, de acordo com a Amusep.

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