Os dez vereadores da Câmara de Sarandi votarão nesta terça-feira (21), em primeiro turno e sessão extraordinária, a proposta de emenda à Lei Orgânica do município que proíbe Sarandi de receber o lixo produzido em outros munícípios. A proposta voltará ao plenário no dia 31 deste mês, pois precisa ser aprovada em dois turnos.
A convocação para a sessão extraordinária foi feita pelo presidente da casa, Cilas Moraes, pois os vereadores estão em recesso desde a última quarta (15) e voltarão ao trabalho somente no dia 30 deste mês.
A proposta foi enviada pelo Executivo para tentar impedir que a empresa coletora de lixo Central Regional de Tratamento de Resíduos Pajoan, de Sarandi, passe a receber o lixo de Maringá. Um acordo entre a empresa e secretários municipais maringaense foi firmado na semana passada, mas não vigora porque depende de uma licença do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Para ser aprovada, a proposta precisa do apoio de dois terços da Câmara - no caso de Sarandi, sete votos. Este também é quórum necessário para a emendar ser votada.
Protesto
Pelo menos 200 moradores de Sarandi realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (20) para repudiar a possibilidade de a cidade receber o lixo de Maringá. O protesto foi feito em frente ao aterro sanitário particular do município e teve a participação do vice-prefeito, Carlos Alberto de Paula Júnior, e do secretário de Meio Ambiente de Sarandi, José Luis de Almeida, já que a prefeitura de Sarandi é contrária à ideia. Também participaram vereadores, religiosos e lideranças comunitárias da cidade.
Depois do protesto em frente ao lixão, os manifestantes seguiram para o Fórum e então para a Câmara Municipal de Sarandi, para pressionar os vereadores a votarem a emenda.
Os manifestantes pretendem fazer outro protesto às 18h, quando o deputado federal Ricardo Barros (PP), que é da região, participará de um encontro em uma escola profissionalizante da cidade.
"Nós somos contra essa proposta porque estamos com medo de contaminar com a nossa água com esses resíduos. Além disso, se o lixo de Maringá vier pra cá, quem garante que o lixo de outras cidades também não vai ser trazido para cá?", afirma o presidente da União Sarandiense das Associações de Moradores (Unisam), Alfredo Peres de Souza.
Maringá não tem opção
Na semana passada, o secretário do Meio Ambiente de Maringá, Diniz Afonso, disse que a medida é emergencial e não há alternativa. No início de dezembro de 2008, a Justiça determinou, a pedido do Ministério Público, a paralisação imediata do despejo de lixo urbano no atual aterro da cidade de Maringá, situado na Gleba Ribeirão Pinguim , que não tem licença ambiental. De lá para cá, a prefeitura vem protelando a determinação. Uma liminar que ainda permite a utilização do aterro tem prazo para ser encerrada no dia 28 de outubro.
De acordo com Mexia, a transferência dos resíduos de Maringá para o aterro de Sarandi seria provisória. "No máximo dois meses, até que a prefeitura maringaense disponibilize um local adequado para tratar o próprio lixo já solicitado pela Justiça", disse na semana passada.
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