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Faltando menos de um mês para o início da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), um dos eventos da programação paralela ainda não tem local definido. A Aldeia Kari-Oca, que reunirá diferentes tribos indígenas nacionais e povos nativos de diversos países, ainda busca um espaço para instalar as ocas onde ocorrerão debates e atividades culturais.

Na tarde de ontem, organizadores do projeto e representantes do governo federal e municipal se reuniram para definir o local do projeto. A proposta é que a aldeia ocupe um terreno no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) localizado na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, na zona oeste. A colônia fica a cerca de 8 quilômetros do local da conferência e até a década de 90 abrigou um centro de tratamento psiquiátrico.

Em um dos locais visitados, o acesso passava por uma área de esgoto a céu aberto e com carcaças de animais no caminho. No outro terreno, um canteiro de obras, com materiais de construção e entulhos, preocupava os organizadores. "Não queremos ficar em um local urbano, em que o ecossistema esteja prejudicado. Isso seria falso para nós", afirmou um dos organizadores do evento, o líder indígena Marcos Terena.

Outra preocupação dos organizadores é a segurança. Segundo um dos representantes da Fiocruz, os terrenos ficam numa região dominada por uma milícia. Essa foi a terceira visita realizada pelos organizadores ao Rio na tentativa de encontrar um terreno adequado para o projeto.

A aldeia reedita um encontro indígena que ocorreu durante a Rio-92 e deve reunir 1,6 mil participantes, entre tribos brasileiras e povos de diferentes países, como Nigéria, Canadá e até do Japão. A proposta é agregar aos debates oficiais da ONU a visão dos povos indígenas sobre a questão ambiental. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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