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Oeste do Pr

Menino que teve braço amputado após ataque de tigre ganhará prótese

O menino que teve o braço direito arrancado por um tigre no Zoológico de Cascavel, no Oeste do Paraná, ganhará uma prótese. Após ser procurada pela imprensa, uma empresa de Sorocaba, no interior de São Paulo, anunciou que vai confeccionar o componente para Vrajamany Rocha, de 11 anos, que foi atacado pelo felino enquanto tentava tocar o animal.

Segundo o fisioterapeuta e técnico ortopédico da empresa, Nelson Tuzino Nolé, o garoto já passou por uma primeira avaliação pela equipe médica. Como todo o braço dele foi atingido, não será possível implantar uma prótese mecânica que responde aos estímulos cerebrais para se mexer. "Não dá para fazer muita coisa neste caso. Ele desarticulou todo o ombro. Se tivesse ao menos um pedacinho do membro seria possível usar sinais cerebrais para algumas atividades, como abrir e fechar a mão", explica Nolé.

Contudo, o profissional garante que o membro protético auxiliará na recuperação estética e psicológica da criança, além de impedir que Vrajamany desenvolva problemas de coluna que poderiam surgir em decorrência da ausência do braço. "[O encaixe] vai impedir que ele desenvolva escoliose [encurvamento anormal da coluna vertebral]. Pondo o braço no outro lado equilibra a coluna, porque sem um dos membros há uma tendência de perder o equilíbrio e prejudicar a coluna", detalha o fisioterapeuta.

A prótese que deverá ser encaixado em Vrajamany até o fim deste ano será constituída de fibra de carbono, e custa, em média, entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. Todo o material usado na confecção é importado da Inglaterra. Segundo Nolé, a empresa irá ceder o componente ao menino até ele completar 18 anos. Até lá, pelos menos quatro próteses terão de ser feitas.

O fisioterapeuta disse que, enquanto o membro protético não fica pronto, a orientação da equipe médica da empresa foi que a família procurasse por sessões profissionais capazes de eliminar a "dor fantasma" que o garoto sente. Desde que perdeu o braço, o menino reclama de dor no membro que já não tem mais, porque o cérebro ainda não entendeu a ausência desta parte do corpo.

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