O minipresídio da 9ª Subdivisão Policial (SDP) de Maringá, no Noroeste do Paraná, começou a ser demolido por volta de meio-dia desta sexta-feira (7). A autorização foi dada pela Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) após a pasta conseguir revogar uma liminar que impedia a derrubada do prédio e a transferência de 40 presos para a Casa de Custódia do município (CCM).
Na tarde de quinta-feira (6), ao receber o pedido de transferência dos presos, a juíza da Vara de Execuções Penais (VEP), Jane dos Santos Ramos, suspendeu a desocupação da unidade alegando que “não havia urgência na demolição sem antes analisar as condições da CCM” para onde os presos estavam sendo transferidos, após o Ministério Público do Trabalho (MPT) interditar o minipresídio na semana passada e solicitar a remoção dos 270 detentos.
Nesta manhã, o governo estadual informou que conseguiu, por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), anular a decisão da magistrada com base em um relatório de vistoria técnica realizado pela Defesa Civil na tarde quinta-feira, que caracteriza o local como “inabitável”.
Imediatamente, as máquinas da Secretaria Municipal de Serviço Público (Semusp) iniciaram a demolição. Os serviços devem continuar nos próximos dias. Para o prefeito da cidade, Roberto Pupin (PP), o fim do cadeião finalmente atende um pedido antigo da população. “Não merecíamos uma obra vergonhosa no meio da cidade. É uma vitória para a comunidade e para os presos que terão condições mais dignas.”
Mais de 200 detentos já foram removidos para a CCM e para a Penitenciária Estadual. Os 40 presos que continuam na carceragem devem ser transferidos para a Casa de Custódia ainda nesta tarde, segundo o delegado-chefe da 9ª SDP, Osmir Ferreira Neves.
“Hoje encerramos esse capítulo triste da história do município. É um alívio para todos. A partir de agora trabalharemos com mais segurança e os detentos deixam de viver em um local deteriorado”, disse o delegado.