O Ministério Público do Espírito Santo afirmou que irá abrir um inquérito civil para apurar os impactos sociais e ambientais causados pela lama da barragem da Samarco, que se rompeu na quinta-feira (5), em Mariana (MG), em municípios capixabas.
Os Bombeiros e o Governo de Minas Gerais recuaram na confirmação de que um segundo corpo encontrado no sábado (7), no rio Doce, estava ligado ao rompimento das barragens. Ontem, o Corpo de Bombeiros havia confirmado que a vítima – um homem ainda não identificado – havia sido localizado na barragem da hidrelétrica.
Sobe para 25 número de desaparecidos após rompimento de barragens em Mariana
Além dos 13 trabalhadores que estavam na barragem de Fundão na hora do rompimento, há 12 moradores da região
Leia a matéria completaNo entanto neste domingo (8), em entrevista coletiva, Bombeiros e governo estadual voltaram atrás e disseram que não era possível dizer que o óbito estava relacionado ao acidente.
Segundo o órgão, uma equipe de técnicos deve visitar nesta segunda-feira (9) as cidades de Baixo Gandu, Colatina e Linhares, que estão no curso do rio Doce, atingido pela lama.
“A previsão é que o nível do rio suba até um metro e meio e que o município de Colatina tenha o abastecimento de água suspenso em razão da lama na água do rio Doce”, afirmou a Promotoria.
Prejuízo
Os municípios capixabas afetados deverão, por orientação da Ministério Público, preparar laudos discriminando gastos com o prejuízo e atividades de emergência para que, posteriormente, sejam ressarcidos pela Samarco, responsável pela barragem que se rompeu em Mariana.
A mineradora afirmou, por meio de uma nota, que monitora “permanentemente” a mancha que avança pelo rio Doce e que está coletando amostras da água.
“A Samarco está tomando todas as providências possíveis para mitigar os impactos ambientais gerados e, em caso de necessidade, auxiliar as prefeituras e as comunidades em eventuais ocorrências”, afirmou. A empresa, ressaltou, porém, que “concentra seus esforços no atendimento às pessoas atingidas”.
A mineradora anunciou ainda que irá paralisar momentaneamente suas atividades na cidade de Anchieta, no Espírito Santo, ao final do estoque de minério, mas não especificou quando isso deverá ocorrer.
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