Os funcionários do HC denunciam defasagem no quadro de pessoal e superlotação das unidades de atendimento| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O Ministério Público Federal do Paraná expediu na terça-feira (16) uma recomendação para que o Sinditest-PR, entidade representante dos técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), garanta o atendimento integral nas cinco Unidades de Tratamento Intensivo do Hospital de Clínicas enquanto a greve dos servidores, iniciada em 29 de maio, durar. A recomendação da procuradora Eloisa Helena Machado deve ser atendida em 48 horas.

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De acordo com o Sinditest, o sindicato foi surpreendido pela decisão. “A direção do hospital forneceu informações caluniosas ao Ministério Público. Há leitos fechados em apenas duas unidades e as demais funcionam com capacidade acima dos 30% mínimos determinados por lei”, explicou José Carlos de Assis, do Comando de Greve da entidade. Segundo Assis, a recomendação não deve ser atendida porque acaba com o direito de greve dos trabalhadores e porque as unidades.

A procuradora argumentou, na recomendação, que o direito à vida está acima do direito de greve. Já os funcionários do HC denunciam defasagem no quadro de pessoal e superlotação das unidades de atendimento.

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Em levantamento realizado na manhã dessa quarta-feira (17), o Sinditest-PR afirma que o número de leitos abertos nas UTIs Adulta, Semi-Intensiva Adulta, Neonatal, Pediátrica e Cardíaca é superior aos 30% determinados em lei. Conforme Assis, os seis leitos da unidade pediátrica continuam em funcionamento; na neonatal, dos 24 disponíveis, 16 estão ativos; e na adulta, apenas quatro dos 14 existentes foram fechados durante a greve. Na cardíaca, onde funcionavam oito leitos antes da paralisação, quatro continuam abertos.

A recomendação do MPF deve ser apresentada para votação à assembleia da categoria, marcada para essa quinta-feira (18) pela manhã.