Longe de mim querer ensinar o padre a rezar a missa. Não tenho nenhuma formação técnica em segurança, mas acumulo pelo menos 15 anos de experiência como profissional do ramo do entretenimento. Estou morando na França há cinco meses. Já fui há pelo menos uma dúzia de eventos por aqui e é inevitável observar algumas diferenças cruciais no quesito segurança.
A primeira diferença que chama a atenção é a utilização, em toda e qualquer situação, da sinalização internacional para saídas de emergência. Em todos esses anos que trabalhei com bares, shows e eventos nunca foi solicitado este tipo específico de sinalização. Ela é iluminada, na cor verde e identifica claramente onde se localizam as saídas. Até em salas de aula são obrigatórias. Nunca as vi no Brasil. Poderiam ter salvo centenas de vidas no domingo.
Outro ponto é a obrigatoriedade para que todo material utilizado na decoração e isolamento acústico da casa tenha certificado de material tratado e não inflamável. Este controle não existe no Brasil, pelo menos não na prática.
Não serei leviano em falar sobre brigadas de incêndio sem o devido conhecimento. Sei que minha filha de 8 anos participa frequentemente de exercícios de evacuação na sua escola. Mas estabelecer brigadas de incêndio com os funcionários, treiná-los para o manuseio de equipamentos, assim como ensiná-los sobre os procedimentos a adotar para orientar o público em situações de risco, também ajudaria muito a controlar uma emergência.
Fatalidades ocorrem, são imprevisíveis e incontroláveis. Mas medidas de prevenção eficazes poderiam minimizar muito o tamanho da tragédia.
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