Depois de levar flores à escola municipal Tasso da Silveira, onde 12 crianças foram mortas pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira na manhã de quinta-feira (7), a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, anunciou neste domingo (10)que o colégio será reaberto aos alunos na segunda-feira, 18 de abril. Segundo Cláudia, a primeira atividade será uma "cerimônia de reinvenção da escola", que reunirá alunos, parentes, professores e funcionários. As crianças vão montar um mosaico nos muros, escolher as novas cores da pintura e o melhor lugar para instalar um aquário.
"Queremos que todos sintam que a escola onde houve tanto sofrimento pode voltar a ser enxergada como um espaço maravilhoso", disse a secretária. De terça e sexta-feira desta semana professores e funcionários receberão, na própria escola, assistência psicológica a fim de se prepararem para o recomeço das atividades escolares na semana seguinte.
Pelo segundo dia consecutivo, profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social prestaram atendimento aos alunos da Tasso da Silveira e suas famílias. Os assistentes sociais constataram um alto número de crianças que diz não querer voltar ao colégio. A secretária Cláudia Costin disse que todos os esforços serão feitos para manter as crianças na escola.
Nos casos excepcionais, em que as crianças rejeitam a volta à Tasso da Silveira, a secretaria vai providenciar a transferência para outra instituição da rede municipal, segundo ela. "Não vamos incentivar que as crianças saiam da escola. É importante a criança retornar e ver que aquele é o lugar onde ela foi feliz", disse a secretária.
Depredação
Na madrugada deste domingo (10), a casa onde Wellington Menezes de Oliveira viveu com a família até meados do ano passado, que já tinha sido pichada, foi atacada por vândalos que destruíram o portão com pedradas. Eles tentaram arrombar a entrada da garagem. Um carro da Polícia Militar (PM) passou a fazer a vigilância da rua dia e noite. Uma irmã de Wellington, Rosilane, não é vista na vizinhança deste o dia do massacre. A casa fica perto da escola Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio.
Corpo de atirador ainda está no IML
O corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, segue no Instituto Médico Legal (IML) neste domingo (10). Segundo o IML, será dado um prazo de 15 dias para algum familiar fazer a retirada, do contrário, o rapaz será enterrado como "corpo não reclamado".
Vítimas
A menina Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos, vítima do ataque a escola em Realengo, foi cremada no cemitério do Caju, na Zona Portuária, na manhã de sábado (9). E os corpos de 11 crianças foram enterrados na sexta-feira (8).
Veja as imagens do tiroteio em escola municipal no Rio de Janeiro
Veja a linha do tempo sobre o ataque à escola
- Computador de autor do massacre em escola no Rio é achado queimado
- Carta deixada por atirador aponta premeditação do crime
- Sargento impediu massacre maior, diz Cabral
- Dilma chora e pede um minuto de silêncio por crianças assassinadas
- Crime no Rio é repudiado pela Unesco e tem destaque na imprensa internacional
- Após tragédia no Rio, Dilma decreta luto de três dias
- Haddad cancela agenda para acompanhar tragédia no RJ
- Carta deixada por atirador em escola do RJ não menciona infecção por HIV
- Famílias das vítimas reconhecem corpos no IML do Rio
- "Ele sempre foi um adolescente muito ausente", diz irmão do atirador
- 11 corpos são enterrados no RJ; atirador fez 60 disparos
- Massacre no Rio durou 15 min e teve mais de 100 tiros
- Polícia faz perícia em escola do Rio após massacre
- No Rio, 2 mil pessoas acompanham enterro de crianças
- Escola de ataque no Rio fica fechada por mais uma semana, diz secretária
- Moradores dão abraço simbólico em escola no Rio
- A incessante busca por motivos
- Lula diz que massacre no Rio foi ato de psicopata
- Três crianças feridas em ataque seguem internadas em estado grave
- Menina internada após ataque em escola no Rio sai do estado grave
- OAB defende nova discussão sobre desarmamento
- Bandeiras são hasteadas em homenagem a vítimas de Realengo
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora