O número de afetados pelas chuvas dos últimos dias no Paraná já chega a 445.876, apontou a Defesa Civil do estado às 18 horas desta terça-feira (10). Comparado ao primeiro boletim desta terça, liberado às 9 horas, são cerca de 23,5 mil pessoas a mais incluídas no balanço do órgão, que apontava inicialmente 422,4 mil afetados.
Os novos números mostram que 142 cidades do estado já comunicaram problemas por causa dos fenômenos meteorológicos. Pelo menos 4.294 pessoas ficaram desabrigadas, com 3.733 ainda em abrigos. O número de desalojados (que estão em casas de parentes ou amigos), é ainda maior: 14.551 deixaram suas casas, e 13.286 deles ainda permanecem fora de suas residências. No total, 35 casas foram destruídas e 8.458 foram danificadas.
A cidade com maior número de afetados, agora, passou a ser Cascavel, com 150.050 pessoas. Vem em seguida Irati, com 57.825; Prudentópolis, com 42.072; e Quedas do Iguaçu, com 32.843. Curitiba, que até esta segunda ocupava o posto de cidade com o maior número de afetados, manteve o número de 16.804 pessoas. O balanço aponta que 3.509 casas tiveram danos na capital, que não possui mais desalojados ou desabrigados. A última cidade com mais de 10 mil afetados da lista é Barbosa Ferraz, com 12.510.
O local com maior número de pessoas que permanecem em abrigos é São Mateus do Sul, onde há 800 nessa condição. São João do Triunfo há 300, e Rebouças também tem 300. Em Guarapuava, 234 continuam em abrigos e em Porto Amazonas 172.
A cidade com mais casas destruídas foi Nova Laranjeiras, onde 30 residências foram perdidas. Apenas mais uma cidade teve residências destruídas, que foi São João, com cinco casas acometidas por essa condição.
Chuvas fizeram dez mortos; outros cinco estão desaparecidos
As fortes chuvas que atingem o Paraná também deixaram um saldo de pelo menos dez mortes. Além disso, cinco estão desaparecidos - três em Guarapuava, um em Rebouças e outro em Altamira.
Em Guarapuava, três pessoas morreram, entre elas Leandro Bordiak, 29 anos, que foi levado pela correnteza ao tentar fechar a porta de casa.
Duas mortes foram registradas na noite deste sábado (7) na cidade de Medianeira. Andreia Luzia Borgmann da Silva, 20, e o filho Samuel da Silva, de apenas nove meses, retornavam do interior do município no carro da família que era conduzido por Eder Dorvalino da Silva. Ao tentar cruzar uma pequena ponte, o carro foi levado pela correnteza e arrastado por aproximadamente 200 metros.
Em Sulina, no Sudoeste do Paraná, Paulo Inácio Kaling, 39 anos, morreu soterrado após sua casa ser atingida por um barranco que desmoronou.
Outra morte foi registrada por volta das 21 horas de sábado na PR-158, entre Rio Bonito do Iguaçu e Laranjeiras do Sul. Um carro rodou na pista molhada, bateu em uma árvore e caiu em córrego. Três pessoas estavam no automóvel e os bombeiros suspeitam que a passageira Marilei Eva Lambrecht, 41 anos, tenha sido ejetada para fora. O corpo dela foi arrastado pela correnteza por aproximadamente 800 metros.
Em Quedas do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, um deslizamento no início da tarde deste domingo destruiu uma casa. Segundo informações do Corpo de Bombeiros local, pelo menos uma pessoa morreu. Outras duas mortes aconteceram em Guaraniaçu e em Altamira do Paraná.
Água a R$ 1
Como medida emergencial, o governador Beto Richa anunciou nesta terça-feira que todas as casas identificadas pela Defesa Civil como danificadas ou atingidas por alagamentos pagarão nos próximos três meses (julho, agosto e setembro) uma tarifa de R$ 1 pela água utilizada. Richa disse também que Copel parcelará em seis vezes as contas de luz dos próximos três meses para todas as casas, comércios e indústrias atingidas.
