A Polícia Civil ouviu o pai do menino de 11 anos atacado por um tigre em um zoológico de Cascavel (PR) no dia 30 de julho. O depoimento foi na tarde desta sexta-feira (8). Segundo o delegado Denis Merino, responsável pelo caso, o pai repetiu os relatos anteriores e usou o direito ao silêncio.
De acordo com a polícia, Marcos do Carmo Rocha não respondeu aos questionamentos considerados importantes no caso.
As perguntas não respondidas buscavam esclarecer quem colocou o garoto na área proibida e se o pai sabia que o menino daria comida ao tigre, segundo Merino.
Além disso, o delegado também perguntou se Rocha foi alertado por testemunhas sobre o risco que a criança corria ao se aproximar do tigre.
Segundo a polícia, o advogado da família orientou o pai a não responder essas perguntas porque estaria muito abalado emocionalmente.
Nas oitivas realizadas na quinta-feira (7), os responsáveis pelas filmagens indicaram mais quatro testemunhas à polícia. Todas deverão ser ouvidas.
Merino estima que o prazo para concluir o inquérito deve ultrapassar os 30 dias previstos porque ainda aguarda o resultado da perícia e das imagens requisitadas.
O garoto, que teve o braço amputado, foi liberado do Hospital Universitário do Oeste do Paraná na quarta-feira (6).
O ataque ocorreu em 30 de julho, após o garoto ter colocado a mão dentro da jaula do tigre no zoológico de Cascavel, no Oeste do Paraná.
Investigação paralela
Além do inquérito para apurar as circunstâncias do ataque do tigre, a Polícia Civil trabalha em um segundo caso envolvendo o menino.
A investigação procura os responsáveis pelo vazamento das fotos do garoto dentro do hospital, já com o braço amputado.
"Vamos verificar se o ato foi criminoso ou não. Já temos a lista das pessoas que fizeram o atendimento médico e tiveram acesso ao menino", disse o delegado.
Segundo a polícia, o hospital instaurou uma sindicância interna e vai apurar se as fotos foram feitas e divulgadas por algum funcionário.
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