Cerca de 500 pessoas, a maioria pais de alunos do Colégio Estadual São Pedro Apóstolo, no bairro Xaxim, em Curitiba, protestaram na noite desta quarta-feira (17) contra a possibilidade de estender o calendário na escola até 19 de fevereiro de 2016, com a utilização de aulas aos sábados. Para compensar os dias de greve, os manifestantes defendem a adoção da chamada “sexta aula”, com extensão do horário de aula entre segunda-feira e sexta-feira, para que a reposição do conteúdo perdido seja mais rápida.
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Leia a matéria completaO protesto começou por volta das 19 horas, na rua Primeiro de Maio, em frente à escola, e durou mais de uma hora. Além de pais, alunos e alguns professores também participaram da manifestação. O grupo segurava cartazes com frases propositalmente escritas de forma “errada”. “Keria fazer um cartas maz o Beto não ker me dar educassão”, registrava um dos manifestantes.
A APP-Sindicato, entidade que representa os servidores da educação, também é favorável à “sexta aula”, mas a Secretaria de Estado da Educação (Seed) é resistente à ideia. A pasta argumenta que a legislação obriga o governo a fornecer no mínimo 800 horas e 200 dias letivos.
A diretora do Colégio Estadual São Pedro Apóstolo, Giovana Marchiori, contou à reportagem que os pais estão indignados, especialmente aqueles que têm filhos concluindo o ensino médio. “Para se matricularem nas faculdades (geralmente entre dezembro e janeiro) eles vão precisar do certificado de conclusão do ensino médio.”
“Nós também acreditamos que seria possível terminar o ano letivo até 23 de dezembro, usando a “sexta aula” e apenas mais seis sábados de aulas, mas explicamos aos pais que a orientação da Seed é outra”, pontuou ela.
Segundo a diretora, a utilização de mais sábados “vai atrapalhar a vida de todo mundo”. “É um dia a mais que o pai precisa pagar ônibus para o seu filho, por exemplo. Os pais não estão aceitando.”
Reconhecendo as especificidades de cada escola, a Seed determinou que elas encaminhassem até sexta-feira (19) suas propostas de calendário escolar, baseadas nas regras básicas já definidas pela pasta. Mas a APP-Sindicato quer mais 15 dias de prazo, na tentativa de negociar as regras básicas colocadas pela secretaria.
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