Anúncio do mutirão foi feito pelo prefeito Rafael Greca| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo/Arquivo

Uma das principais promessas de campanha de Rafael Greca (PMN) já tem data para sair do papel. O prefeito anunciou, nesta terça-feira (21), que o mutirão de consultas, exames e cirurgias de especialidades começa no dia 7 de março. Ao todo, cerca de 150 mil pessoas aguardam atendimento nas 15 especialidades médicas mais demandadas no sistema público de saúde (SUS) em Curitiba.

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Datas dos mutirões

9 de março - Mutirão de Dermatologia e Pequenas Cirurgias de Pele

Local: Hospital Evangélico

Há uma fila de 10 meses (15.810 consultas) na dermatologia e 19 meses nas pequenas cirurgias de pele (4.260 cirurgias).

16 de Março - Cardiologia

Local: Hospital do Idoso Zilda Arns

Há uma fila de 4 meses para consulta (6.066 pessoas) e de 25 meses para exame de ecocardiografia transtorácica (2.262 solitações).

30 de março - Exames complementares

Local: a confirmar

A espera por exames varia entre 7 e 14 meses, dependendo do exame. São 25.418 pessoas aguardando na fila.

6 de abril – Ortopédico

Local: a confirmar

A ortopedia é a área com maior demanda reprimida. A espera pela consulta chega a 22 meses. A fila conta com 25.405 pessoas aguardando. A expectativa da prefeitura é zerar até o fim do próximo ano.

27 de abril – Vascular

Local: a confirmar

A espera chega a 20 meses. São no total 11.098 pessoas aguardando.

Segundo informações da Secretaria de Saúde, nos casos em que ainda não há local definido, a prefeitura negocia com o Hospital de Clínicas; do Trabalhador; Madalena Sofia; Cajuru; Santa Casa e São Vicente.

O principal objetivo da prefeitura com o programa, batizado de Saúde Já, é reduzir o tempo de espera para os atendimentos, que no caso mais demorado – a cirurgia de cotovelo – chega a 82 meses.

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Segundo o secretário de Saúde de Curitiba, João Carlos Baracho, para viabilizar o mutirão, a prefeitura vai repassar recursos extras a hospitais que já prestam serviços ao município. Ao todo, R$ 12 milhões serão destinados ao Saúde Já.

“Nós já temos um fluxo de pagamento pelo Ministério da Saúde daquilo que é o ordinário. O mutirão vai ser acrescido por meio de um aditivo dentro do que já está contratualizado. Nós estamos negociando com o próprio ministério, que terá recursos específicos para os mutirões”, afirma.

Segundo Baracho, cada hospital contratado é que determinará a melhor forma de atender o maior número de pacientes. O secretário acredita que a solução adotada será o atendimento no contraturno, de modo semelhante ao que foi implantado pelo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB).

Outro ponto anunciado pela prefeitura é que o mutirão vai realizar consulta e exame no mesmo momento, para que não seja resolvida a demanda por consultas e, ao mesmo tempo, sobrecarregada a fila dos exames.

“Queremos evitar que o usuário saia de uma fila e tenha de entrar em outra para fazer um exame. É inadmissível que o cidadão tenha que, após aguardar meses por uma consulta, esperar mais 25 meses para realizar um exame. Vamos solucionar isso”, disse Baracho.

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Laboratório Municipal

Outra ação anunciada pela prefeitura na área da saúde é a normalização dos serviços prestados pelo laboratório municipal. Segundo Executivo, o laboratório funciona parcialmente porque a gestão anterior deixou dívidas com os fornecedores de insumos, o que dificultou o acesso aos produtos e gerou uma demanda reprimida de 330 mil exames. Ao todo R$ 1,4 milhão será direcionado ao pagamento de dívidas e R$ R$ 558 mil aplicados na compra de reagente e insumos para o laboratório.

Entre os exames mais solicitados estão: Glicose, Hemograma, Parcial de Urina, Colesterol, LDL, HDL, Triglicerídeos, Creatina, TSH, Cultura de Urina.

“Não podemos aceitar que o usuário tenha que esperar até três meses para realizar exames tão simples”, afirma Baracho.