A polícia civil de Guaíra, no Oeste do Paraná, iniciou pouco antes das 11h desta quarta-feira (24) uma reconstituição da chacina que deixou 15 mortos e oito feridos na tarde de segunda-feira (22), em um sítio da cidade às margens do Lago de Itaipu. A montagem foi realizada com base na versão de uma das testemunhas, uma adolescente de 16 anos que presenciou o massacre, do qual seu marido foi vítima.

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Cerca de cinco policiais civis da delegacia de Guaíra acompanharam a reconstituição, comandada pelo delegado Pedro Lucena e por um perito da Polícia Científica de Umuarama. A reconstituição durou cerca de duas horas e terminou antes das 13h.

Ao todo, aproximadamente 200 policiais do Brasil participam das investigações do caso, além da Polícia Nacional e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. Três suspeitos de participar da chacina tiveram a prisão provisória decretada pela Justiça na terça-feira (23). A polícia também divulgou a imagem de dois dos três suspeitos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp-PR), Jair Correia, seu filho Gleison Correia, e Ademar Fernando Luizforam identificados como participantes do crime.

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Na manhã desta quarta-feira (24), em Curitiba, o secretário de segurança Luiz Fernando Delazari, falou pouco sobre o caso. Durante coletiva sobre novas instalações da Divisão Estadual de Narcóticos, em Curitiba, ele reiterou que, apesar de o tráfico de drogas ser constante na região de fronteira, o que aconteceu na segunda-feira foi um "fato isolado". "Em todo o ano, haviam acontecido apenas 13 homicídios na cidade, o que não é um número grande para uma cidade do porte de Guaíra", disse. "Não houve uma explosão de criminalidade no local". Ainda segundo o secretário, não deve haver mudanças no policiamento da cidade e, neste momento, a polícia continua trabalhando na busca pelos suspeitos.

O crime

A chacina teria sido motivada por uma dívida de R$ 4 mil entre narcotraficantes. Das 15 pessoas mortas, duas eram mulheres – uma delas, menor de idade. Segundo a Sesp, algumas vítimas teriam envolvimento com uma quadrilha comandada por Jocemar Marques Soares, mais conhecido como "Polaco", que já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas. Oito pessoas ficaram feridas – algumas delas se fingiram de mortas para escapar da execução. Uma mulher e duas crianças escaparam sem ferimentos.