A reconstituição do assassinato do escritor Wilson Bueno foi realizada na tarde desta sexta-feira (11) em Curitiba. O procedimento ocorreu na casa de Bueno, local onde ele foi encontrado morto no dia 31 de maio. Um jovem de 19 anos confessou o crime e está preso desde o último dia 2.
O delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), Silvan Rodney Pereira, comandou a reconstituição que durou cerca de uma hora e meia. Equipes da Polícia Científica também participam da ação. "A reconstituição é usada para produção de provas com o objetivo de enriquecer informações que foram levantadas durante as investigações", explica Pereira.
Cleverson Petrecelli Schimitt , acusado de ser o autor do crime, foi levado pelas autoridades até o local. Ele ficou dentro de uma viatura e, quando necessário, o delegado dirigia-se até o veículo e questionava o suspeito sobre os fatos que ocorreram na noite do crime. Algumas pessoas designadas pelas autoridades fizeram os papéis de Bueno e Cléverson durante o procedimento.
Crime
O escritor Wilson Bueno foi encontrado morto no escritório de sua casa na noite do último dia 31. O local estava todo revirado. O laudo do Instituto de Criminalística (IC) apontou que o escritor morreu depois de sofrer uma hemorragia, ocasionada por um golpe de arma branca no pescoço. O corpo foi localizado em estado de rigidez, o que indicou que ele estava morto há mais de 12 horas.
As investigações da polícia apontaram que um cheque nominal de R$ 130 teria motivado o assassinato. Cleverson Petrecelli Schimitt, de 19 anos, confessou o crime depois de ser detido na noite do dia 2.
O acusado contou que o escritor teria sustado um cheque, recebido por ele para pagar um programa, que ocorreu na noite do dia 29 de maio, e um serviço de demolição. Schimitt teria ido até a casa de Bueno para tomar satisfações. Os dois começaram a discutir e, segundo o acusado, o escritor teria tentado agredi-lo. Cleverson então, se dirigiu à cozinha, pegou uma faca e atacou Bueno, que morreu vítima de uma perfuração no pescoço.
Obras
Wilson Bueno era um dos principais nomes da cultura paranaense. Ele foi autor de 13 títulos publicados no Brasil, México e Argentina. Ele também foi o criador do jornal cultural Nicolau, e havia encaminhado o seu 14.º livro, chamado "Mano, A Noite Está Velha", a editora. A obra é uma homenagem a um irmão que já morreu.