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Justiça Militar

Policiais flagrados furtando som no Largo da Ordem são presos

Atualizado em 8/8/2006 às 18h

A Vara de auditoria da Justiça Militar Estadual decretou na manhã desta terça-feira a prisão preventiva dos soldados da Polícia Militar Altenes Pinheiro, 37 anos, e Adriano Fronza, 34, por tempo indeterminado.

Os dois policiais foram flagrados pela reportagem do Paraná TV furtando um aparelho de som de um carro estacionado na Rua Duque de Caxias, no Largo da Ordem - no centro histórico de Curitiba.

A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar que será acompanhado pelo Ministério Público e paralelamente está instaurado um Conselho de Disciplina que definirá a punição administrativa que os dois policiais sofrerão. "Vamos trabalhar nisso para que estes pivetes, que usam farda da PM, sejam expulsos o mais rápido possível, nos próximos dias", enfatizou Luiz Fernando Delazari, secretário de Segurança Pública do Paraná.

"Humanamente impossível"

Delazari, durante a entrevista coletiva, contou que 22 viaturas e 90 policiais patrulham, em horários alternados, as ruas do Largo da Ordem. Apesar da presença policial no bairro, o secretário disse que "zerar a criminalidade na região (Largo da Ordem) é humanamente impossível".

O policial Altenes Pinheiro, 37 anos, é natural de Irati (região Central), ingressou na PM no dia 4 de julho de 1989 e não tem nenhum tipo de desvio de conduta na ficha. Adriano Fronza, 34 anos, nasceu em Curitiba, entrou na corporação no dia 13 de julho de 1992 e também tem a "ficha limpa".

Os dois soldados se apresentaram na manhã desta terça-feira (8) no 12.º Batalhão de Polícia, no bairro Santa Quitéria e foram para o Quartel do Comando Geral. De lá, depois da coletiva, foram levados de camburão para o Centro de Observação e Triagem (COT), em Piraquara.

Flagrante

O Paraná TV mostrou na edição de segunda-feira (7), com exclusividade, a ação de dois policiais militares e de outros bandidos no Largo da Ordem, um dos pontos turísticos mais movimentados da capital. A cena mostra o exato momento em que a viatura de número 6333 do Policiamento Ostensivo Volante (Povo) pára ao lado de um veículo aberto. Os policiais descem da viatura e, com uma laterna, um deles começa a olhar para dentro do veículo. O que parecia ser uma preocupação se transformou em crime.

Durante vários minutos, os dois ficam vigiando a rua e o carro, até que um policial entra e retira o aparelho de som do painel. Assim como os arrombadores, a ação é rápida. Em segundos, ele sai com o som escondido embaixo de uma prancheta.

Em seguida, vai para dentro da viatura, deixa o som e devolve a prancheta para o outro policial. Depois o carro é revistado novamente por vários minutos e o mesmo policial que levou o som retira mais um objeto de dentro do carro e leva para a viatura.

Denúncia de arrombamento é antiga

Os casos de arrombamento nas ruas do Largo da Ordem não é novidade. No mês de outubro de 2005, o Paraná TV flagrou os bandidos furtando aparelhos de som, cd’s, carteiras e outros objetos de dentro dos veículos. Somente num dia, cerca de 20 carros foram arrombados no bairro.

No dia seguinte do flagrante, cinco integrantes da quadrilha foram presos. Três foram pegos ao furtarem carros nas imediações do Estádio Couto Pereiro. Os outros dois roubavam aparelhos de som de veículos no Largo da Ordem. Segundo a polícia, eles vendiam os produtos furtados para comprar drogas.

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