No quinto dia de greve, guardas municipais fizeram passeata por ruas do Centro. Muitas motos foram usadas na ação.| Foto: Patrícia Kunzel

A Prefeitura de Curitiba vai comunicar oficialmente a Justiça que os guardas municipais – que estão em greve desde a segunda-feira (22) – não estão cumprindo a decisão judicial, que determinou que 70% do efetivo deveriam continuar garantindo a prestação de serviços à população. Por volta das 18h30 desta sexta-feira (26), a Prefeitura ainda não havia concluído um levantamento documental que vai embasar a ação, mas, segundo a assessoria de imprensa, apenas cerca de 45% dos guardas estão assumindo seus postos de trabalho.

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A denúncia deve ser apresentada na 3ª Vara da Fazenda Pública assim que o levantamento for concluído, o que deve ocorrer no início da próxima semana. Também com base nesses números, a Prefeitura vai descontar da folha de pagamento dos grevistas os dias não trabalhados.

O quinto dia de greve dos guardas municipais também foi de manifestações. Os grevistas fizeram passeata pelas ruas do Centro da cidade e promoveram "apitaço" em frente à Câmara e a Prefeitura. Muitas motos engrossaram o movimento. Apesar da ação, não houve uma nova rodada de negociação. De acordo com o comando de greve, no sábado (27), haverá concentração na Boca Maldita, no Centro. Na segunda-feira (1º), os manifestantes vão se reunir em frente à Câmara.

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Reivindicações

Os guardas municipais reivindicam piso-salarial de R$ 1,3 mil, além de uma gratificação por riscos, que equivale a 50% do salário base. Na terça-feira (23), o prefeito Beto Richa ofereceu à categoria reajuste salarial de 8%, que elevaria os salários da categoria de R$ 710 para cerca de R$ 767. A Prefeitura argumenta que a proposta é boa e adequada às possibilidades orçamentárias do município. Somada à gratificação, os vencimentos dos guardas chegariam a R$ 1,3 mil.

Em seu site, a Prefeitura publicou, nesta sexta, uma matéria dizendo que o salário inicial médio de um guarda municipal chega a R$ 2,1 mil. O texto soma o piso (R$ 710) à gratificação (R$ 513), a uma bolsa formação (R$ 400) e às 90 horas-extras (R$ 479), que os servidores fariam, em média.