Orientação aos pais
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os pais devem mandar os filhos para a escola na segunda-feira (11). A expectativa da pasta é de que a adesão à greve seja pequena. Mesmo assim, segundo a prefeitura, as instituições poderão fazer remanejamentos para atender aos alunos.
A informação da pasta é de que o profissional que não comparecer ao trabalho receberá falta e terá de repor o conteúdo posteriormente.
Outro lado
Em entrevista à Gazeta do Povo, a superintendente de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação, Ida Regina Milléo de Mendonça, destacou que, após a aprovação na Câmara de Vereadores, o novo plano de cargos e salários será implementado em até 2 anos para todos os professores e pedagogos da rede municipal.
Segundo ela, isso não significa que os profissionais serão reenquadrados apenas no fim desse prazo. Quando o plano passar pelo Legislativo, será sancionado pelo Executivo e, então, a Secretaria de Recursos Humanos terá três meses para analisar todos os casos. Os benefícios serão pagos em quatro etapas. Nas três primeiras, serão aumentos graduais para reduzir a diferença entre o plano atual e o novo modelo e na quarta etapa ocorre a migração para a nova tabela. A primeira etapa deve ser paga em até 90 dias; a segunda, nos nove meses seguintes; a terceira, em um período de mais 9 meses; e a quarta, em até 6 meses após a terceira etapa, momento em que a migração é concluída.
"O novo plano não vai apenas corrigir salários, o objetivo é corrigir distorções nas carreiras que os professores e pedagogos enfrentam há décadas", salienta a superintendente.
A prefeitura informou que os profissionais não terão perdas com o recebimento em etapas, pois haverá reajuste da inflação no momento do pagamento dos benefícios. O servidor também tem a opção de não aderir ao novo plano e continuar com o atual.
A superintendente de Gestão Educacional da pasta afirmou ainda que um dos diferenciais do novo plano é que ele leva em conta o tempo de serviço do profissional e também a trajetória de formação dos professores e pedagogos (cursos, especializações, mestrado e doutorado). "O plano foi elaborado pelas pastas da Educação e Recursos Humanos, mas levou em conta também as reivindicações do sindicato e dos profissionais". Houve ampla discussão e esse processo ainda não foi encerrado, afirma Ida.
CMEIs devem ter atendimento
Os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba devem manter o atendimento durante a greve da rede municipal de ensino. De acordo com o Sismmac, professores e pedagogos que atuam nestes centros estão dentro da mobilização proposta pela categoria, mas os educadores - que são a maioria dos profissionais contratados nos CMEIs - pertencem a outra classe sindical e, portanto, irão permanecer em atividade normal.
Novo plano de carreira custará R$ 78 mi
Com o custo anual de aproximadamente R$ 78 milhões para os cofres públicos municipais, o novo plano de carreira para o magistério elaborado pela prefeitura pretende consolidar melhorias para os 12 mil professores e pedagogos da rede municipal. O novo modelo foi construído em parceria com professores e representantes da Secretaria Municipal de Educação e do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac). Leia matéria completa.
Professores da rede municipal de ensino de Curitiba decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (11). A categoria reivindica a implantação imediata do novo plano de carreira, já elaborado pela prefeitura, mas com incorporação total prevista para daqui a dois anos. A paralisação é por tempo indeterminado.
INFOGRÁFICO: Confira o que muda com o novo plano de carreira para professores
A adesão à paralisação a segunda do ano foi aprovada em assembleia realizada em 31 de julho. Em março, a greve dos professores da capital chegou a fechar 71% das escolas municipais.
De acordo com o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), pais e alunos estão sendo avisados sobre o movimento da próxima semana. Além disso, equipes do sindicato devem percorrer as instituições de ensino durante o dia para reforçar a orientação e chamar os professores e pedagogos para a greve. Uma prévia da adesão à paralisação deve ser divulgada no fim desta sexta-feira (8).
A presidente do Sismmac, Andressa Fochesatto, explica que, além de pedir a implantação imediata do novo plano, professores e pedagogos pedem também a revisão de alguns pontos não admitidos pela categoria, como os que dizem respeito aos critérios para estabelecer o crescimento profissional na área.
Entre estes tópicos estaria a porcentagem oferecida para quem passa do título de especialista para mestre. O sindicato aponta que, ao contrário do plano atual, que oferece ganho de 21% sobre o salário, a nova proposta contempla aumento de 20%. "Comparando com o plano anterior, vemos isso como uma perda para a categoria", afirma.
Segundo Sismmac, cálculos realizados com o apoio do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que a implantação parcelada do novo plano de carreira, como está previsto pela prefeitura, geraria perda de até R$ 17 mil para profissionais com mais tempo de rede.
O novo plano de carreira para o magistério terá um custo anual de aproximadamente R$ 78 milhões para os cofres públicos municipais. A proposta está sendo analisado pela Câmara Municipal e a expectativa é de que seja aprovado e sancionado nos próximos meses.
A partir da próxima segunda-feira, com o início da paralisação, professores deverão realizar mobilizações constantes na cidade, principalmente na Câmara Municipal, onde tramita o projeto. "Sabemos que a implantação imediata depende do plano da lei orçamentária [LOA, que é uma previsão de todas as receitas e autorização de despesas públicas para o ano seguinte]. Então, para 2014 não tem como. Mas estamos pedindo para que toda a adesão ao plano comece a valer a partir de janeiro de 2015", acrescenta.
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