A Polícia Militar do Paraná pretende realizar uma operação de desarmamento na região de Quedas do Iguaçu, onde aconteceram duas mortes de trabalhadores rurais sem-terra na quinta-feira (7). A informação foi anunciada pelo major coronel Valdir Carvalho de Souza, responsável pela coordenação de mediação de conflitos de terra na PM, na tarde desta segunda-feira (11), durante reunião convocada pela Ouvidoria Agrária Nacional, em Curitiba. O recolhimento das armas envolverá toda a população e não apenas os sem-terra.
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A ação, contudo, não tem data para ocorrer. O comandante destacou que, primeiro, é preciso que a paz se restabeleça e que as investigações sejam concluídas para identificar os alvos. Ele espera conseguir o apoio do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal para realizar a operação.
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Carvalho comenta que mais de 30 boletins de ocorrência foram registrados relacionados a armas na área do acampamento. Ele também destaca que foram apreendidos armamentos depois do confronto entre sem-terra e policiais na semana passada. Para o coronel, pacificar a região depende da retirada de circulação as armas.
Força Nacional no Paraná
O Ministério da Justiça autorizou o retorno de tropas da Força Nacional de Segurança (FNS) a Quedas do Iguaçu. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa, a partir de um questionamento feito pela Gazeta do Povo, na sexta-feira (8). O número do efetivo não foi informado nem a data em que os militares irão retornar ao Paraná. O envio das tropas ao município no Oeste do Paraná foi motivado pela morte de dois sem-terra em confronto com a Polícia Militar na quinta-feira (7).
O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, também determinou à Polícia Federal a instauração de inquérito para apurar os fatos ocorridos em Quedas do Iguaçu. O caso também é acompanhado pelo Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil-Paraná e o governo do estado.
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